BAHIA
Rede Sarah amplia assistência a crianças com microcefalia
Por Yuri Pastori

O Ministério da Saúde e os estados investigam 3.935 casos suspeitos de microcefalia em todo o país, segundo boletim divulgado nesta quarta-feira, 17.
Do total informado, 60,1% dos casos (3.174) foram notificados em 2015 e 39,9% (2.106) neste ano. Conforme o relatório, 508 casos já tiveram confirmação de microcefalia e ou outras alterações do sistema nervoso central, sugestivos de infecção congênita.
Diante de tantos registros dos casos de microcefalia no Brasil e agravamento na região Nordeste, a Rede Sarah, que já prestava um atendimento de referência a crianças com alterações no desenvolvimento, inclusive com microcefalia, ampliou o atendimento direcionado a este público.
"A gente começou atendendo quatro crianças de 0 até 2 anos por mês diagnosticadas com microcefalia desde o segundo semestre do ano passado até o final de 2015. Em 2016, já atendemos 27 bebês, houve um aumento considerável", explicou o neurologista e membro do núcleo de direção do Hospital Sarah em Salvador, Ivar Viana Brandi.
Tratamento
O agendamento para bebês pode ser feito pelo site. A mãe acessa, preenche um cadastro, responde um breve questionário com cinco perguntas e marca a consulta.
"Temos atendido bebês muito pequenos com 15 dias de vida. Fazemos internação se for necessário, mas ainda não tivemos internações", contou o diretor.
O tratamento é feito por estimulação, de acordo com o desenvolvimento da criança, a partir da observação das dificuldades e as habilidades que ela tem. A equipe multidisciplinar do hospital orienta os pais a adotar alguns cuidados em casa, com alimentação, crises convulsivas e o posicionamento adequado.
A síndrome pode provocar nos bebês atraso no desenvolvimento motor, dificuldades para sentar, sustentar o pescoço, rolar, engatinhar, interagir com o meio ambiente, olhar quando chamado, comunicar-se, além de alterações da fala, na deglutição e crises convulsivas.
O atendimento precoce pode reduzir os sintomas e as complicações, além de ser um apoio aos pais. Inclusive o hospital estuda a criação de um grupo para ouvir e acolhê-los. O atendimento é gratuito para todos.
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