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Rios e córregos estão sendo poluídos em Santo Antonio

Por Cristina Santos Pita | Sucursal Santo Antonio de Jesus

18/11/2013 - 0:00 h | Atualizada em 18/11/2013 - 10:06
Rastro de óleo em rio
Rastro de óleo em rio -

O óleo queimado despejado indevidamente nas redes de esgoto, possivelmente por oficinas mecânicas ou lava-jatos instalados às margens da BR-101, em Santo Antônio de Jesus (a 185 km de Salvador), está contaminando as nascentes de rios, córregos e tanques de água, e o solo das propriedades rurais do município.

O aparecimento de manchas amareladas e escuras preocupa moradores e agricultores. Além de contaminada, a água com óleo pode danificar os equipamentos de captação e tratamento de água das propriedades.

A denúncia partiu do empresário Ivan Hilton. Segundo ele, o problema está prejudicando a área onde ele cria vacas e avestruzes, no Barro Vermelho, próximo ao trevo de acesso ao município de Amargosa, onde uma represa e um riacho já estão contaminados. "Tive que transferir o gado e as aves para outra área. É um prejuízo ambiental sem tamanho, pois a água contaminada pelo óleo atinge córregos, nascentes e mananciais de várias localidades rurais. Além disso, o cheiro forte do óleo é sentido em toda a área", lamentou.

Segundo Hilton, um dos principais prejuízos causados é a escassez do pasto saudável, pois a contaminação está causando a falta de produtividade e desenvolvimento dos animais, uma vez que a outra parte do pasto, ainda não consumida, não será utilizada devido à poluição.

Inspeção

Uma equipe da Secretaria de Agricultura, Comércio, Indústria e Meio Ambiente de Santo Antônio de Jesus esteve no local há dois meses. De acordo com o titular da secretaria, José Carlos Toneto, uma equipe voltará à região daqui a dez dias para nova inspeção. "Faremos uma inspeção na região para descobrir o responsável. Vamos verificar se há lava-jatos na área. Estamos atentos ao problema para resolver", garantiu.

Sem saber de onde vem o óleo, o empresário resolveu limpar a área por conta própria e criar mecanismos de defesa - construiu desvios de água na propriedade.

Segundo trabalhadores da propriedade, esse óleo está sendo despejado sem interrupção. Eles contam que a situação se agravou com as chuvas dos últimos dias, mas o problema já vem acontecendo há seis anos.

O dono de uma oficina mecânica às margens da BR-101, que não quis se identificar, disse que o descarte do óleo queimado é feito em tonéis, mas sem informar o local de despejo.

"Eu vou jogando nos barris e depois despejo longe daqui. Não sei se é o certo, mas tenho cuidado para não poluir a água", assegurou. Por outro lado, José Antônio Oliveira, também dono de oficina, disse que não tem como controlar. "A gente limpa muitos caminhões que param toda hora. Não tem como largar o serviço para ver onde o óleo vai derramar", justificou.

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