BAHIA
Terreiro em Cachoeira denuncia invasão e remoção ilegal de vegetação
Por Da Redação

A comunidade do Terreiro Axé Iciminó, na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano, tem sido alvo de invasões e de destruição ambiental, com a remoção de bambu nativo do local.
O Babalaxé Dua de Candola diz que os filhos do terreiro estão "sendo violentados" com a ação que seria provocada por uma empresa de celulose.
"A comunidade, que inclui pessoas mais velhas, está sem poder visitar e passar o dia no terreiro, por medo dos ataques e rondas sucessivas. Em especial neste mês em que a Casa se prepara para a Obrigação de Obaluayê, estamos sendo violentados em nosso sentimento religioso", diz o Babalaxé Duda de Candola. "Bambus estão sendo retirados do local", acrescenta o religioso.
Apesar do ataque, o terreiro é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tem registro no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico da Bahia (Ipac). Atualmente, a área passa por regularização fundiária pela Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), da Secretaria de Desenvolvimento Rural.
Desde fevereiro de 2019, a direção do terreiro denuncia a entrada de supostos funcionários da empresa que atuam com o corte ilegal de bambu. O Terreiro Axé Iciminó já acionou o Ministério Público Estadual para apurar o caso. O babalaxé, inclusive, já teria sido ameaçado com armas.
Uma audiência no dia 3 de março de 2019 resultou em um acordo extrajudicial que impedia a fábrica de realizar qualquer ação no local, que está sob litígio.
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