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Atas citam plano de aceleração de estação do Metrô-SP

Por Agencia Estado

17/02/2007 - 17:25 h

Atas de reuniões entre representantes do Metrô da capital paulista com o Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras da Linha 4, fazem menções freqüentes a um "plano de aceleração" nas obras da Estação Pinheiros, onde ocorreu o desabamento que provocou a morte de sete pessoas, e contêm registros de irregularidades no sistema de impermeabilização usado na linha. As atas também mostram um afundamento na Rua Capri, que foi parcialmente engolida no acidente, conforme informou a última edição da revista "Época".

A Agência Estado obteve parte dos documentos. As atas mostram o dia-a-dia das obras e, de acordo com o contrato para realização da construção, devem compor relatórios semanais entregues a representantes do Metrô. Ou seja, Metrô e Consórcio sabiam de seus conteúdos. Elas são referentes a reuniões realizadas em 2005, 2006 e início de 2007.

O "plano de aceleração" é mencionado diversas vezes. Consta na ata do dia 25 de julho: "O Consórcio informa que enviará carta com plano de aceleração para Pinheiros". Informação semelhante aparece na ata do dia 1º de agosto. "O Metrô informa que enviará carta com plano de aceleração para Pinheiros". Outra ata, de 18 de julho, diz: "O Consórcio informa que está utilizando uma vala de acesso ao túnel de ligação junto à marginal a CPTM para estudo da antecipação do cronograma da estação."

Já a ata de 27 de junho indica uma das possíveis causas para a aceleração. "O Metrô analisará a possibilidade de pedido de antecipação de Pinheiros, 6 meses, devido à liberação do terreno Passarelli." O Passarelli é um dos dois prédios vizinhos das obras da Estação Pinheiros. A Agência Estado entrou em contato com o Consórcio Via Amarela, mas foi avisada pela assessoria de imprensa que ninguém falaria sobre o assunto devido ao feriado.

A aceleração já colocada em discussão na Assembléia Legislativa de São Paulo. No dia 7, o ex-gerente da Linha 4, Marco Antônio Buoncompagno, depôs à Comissão de Representação da Alesp, criada para investigar o acidente do dia 12 de janeiro e admitiu que o Metrô estudou medidas para acelerar as obras e "recuperar os atrasos" no canteiro da Estação de Pinheiros.

Impermeabilização

Preocupações sobre o sistema de impermeabilização usado na Linha 4 também constam nas atas. Documento do dia 30 de agosto mostra que o Metrô sabia das irregularidades e pediu que um consultor elaborasse um relatório sobre o assunto. "O Metrô - Ricardo (N.R.: Ricardo Leite, gerente de Engenharia e Projetos do Metrô) informou que está sendo elaborado pelo Consultor contratado da Cia. relatório sobre o sistema de impermeabilização em utilização na Linha 4. Informa que existem pontos conflitantes comentados pelo Consultor no relatório do Consórcio." A meta para resolução do assunto era dia 11 de setembro do ano passado.

De acordo com o "Resumo de Emissão de Ficha de Conformidade", algumas estações da Linha 4 têm irregularidades no sistema de impermeabilização, como bolhas, infiltrações nas mantas protetoras e fissuras, apesar disso ser considerado um erro grave. "Conforme a ET (N.R.: especificação técnica) 4.00.00.00/3J4-003 os parâmetros para aceitação da estrutura de concreto prevê a inexistência de infiltrações através das estruturas", diz o documento.

Na Estação Paulista, "a impermeabilização na região sobre o túnel de acesso" está degradada (informação expedida em 27/11/06). Na Estação Fradique Coutinho, "verificou-se a existência de bolhas e também na aplicação do compartimentador verificou-se que a proteção mecânica está inadequada", além de "vários furos da manta na região do compartimentador em função da quebra da argamassa" (16/10/06). Quanto ao túnel da Estação Morumbi, o documento informa: "Temos notado grande quantidade de infiltrações para dentro do túnel, seja através das fissuras de concretagem nas paredes ou nas juntas de dilatação com evidente danificação."

Procurado pela Agência Estado, o Metrô informou que a irregularidade faz parte de outras 196 "não conformidades" verificadas nas obras. Desse total, 161 já foram solucionados e 35 permanecem sem solução, como a soldagem das vigas da Estação Fradique Coutinho. O Metrô não soube dizer se o sistema de impermeabilização faz parte das 35 irregularidades sem solução.

A estação Higienópolis e o Pátio Vila Sônia foram os lugares que apresentaram mais irregularidades - 35 e 38 respectivamente. O Pátio Vila Sônia também lidera outra posição. Junto com a Estação Paulista, têm o maior número de erros não solucionados: dez.

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