BRASIL
Bancada da bala pressiona Bolsonaro a livrar policiais de congelamento de salário
Por Da Redação

Insatisfeita com o presidente da República, a bancada da bala, uma das primeiras aliadas de Bolsonaro, cobra maior atenção para os policiais. A bancada se articula para excluir os agentes de segurança pública dos efeitos da chamada PEC Emergencial, que vai ser votada pela Câmara nesta semana.
O líder da frente parlamentar, deputado Capitão Augusto (PL-SP), disse ao Congresso em Foco que se vai se reunir nesta tarde com o relator da proposta, Daniel Freitas (PSL-SC), para negociar uma emenda que impeça a restrição de direitos de policiais em estados com grave fiscal. O relator também vai se encontrar à tarde com o presidente da República. Augusto também vai pedir uma audiência com Bolsonaro para tratar do assunto.
"Acumulamos nos últimos dois anos mais prejuízo do que nos dez anos anteriores. Esperamos que ele tenha sensibilidade. Bolsonaro sempre foi da bancada da bala na Câmara. Os PMs não gostaram nem um pouco da PEC Emergencial. Tínhamos uma emenda supressiva no Senado. Mas o líder do governo e o Flávio Bolsonaro votaram contra. Isso deu uma abalada nos policiais", afirma o deputado. "Mal saímos da reforma da Previdência dos militares. Acredito que isso vai impactar no prestígio do presidente com a categoria", acrescenta.
Entre as perdas que a bancada da bala quer evitar para os policiais, segundo Augusto, estão o congelamento de salários, das promoções, das gratificações, dos quinquênios, da licença-prêmio e do tempo para contagem da aposentadoria dos gatilhos que vão atingir os servidores públicos em geral.
De acordo com a PEC, medidas que beneficiam servidores serão suspensas todas as vezes em que a relação entre as despesas obrigatórias sujeitas ao teto de gastos e as totais superarem 95% da receita. O impacto de uma eventual exclusão dos policiais da PEC Emergencial ainda é desconhecido.
O governo impõe a aprovação da PEC Emergencial como condição para a volta do auxílio emergencial. O texto aprovado pelo Senado prevê R$ 44 bilhões para a retomada do benefício entre março e junho.
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