FISCALIZAÇÃO
Brasil resgatou 3,1 mil trabalhadores escravizados em 2023
Apesar de falta de fiscais, essa é a maior marca anual desde 2009
![O trabalho no campo ainda lidera o número de resgates](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1250000/1200x720/Brasil-resgatou-31-mil-trabalhadores-escravizados-0125424100202401040732-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1250000%2FBrasil-resgatou-31-mil-trabalhadores-escravizados-0125424100202401040732.jpg%3Fxid%3D6069384%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721228942&xid=6069384)
O Brasil resgatou, em 2023, 3.151 trabalhadores em condições análogas à escravidão. O número é o maior desde 2009, quando 3.765 pessoas foram resgatadas. Apesar dessa alta, o dado mostra como o país regrediu no período recente porque o número de auditores fiscais do trabalho está no menor nível em 30 anos.
Com esses dados, subiu para 63,4 mil o número de trabalhadores flagrados em situação análoga à escravidão desde que foram criados os grupos de fiscalização móvel, em 1995.
O trabalho no campo ainda lidera o número de resgates. A atividade com maior número de trabalhadores libertados foi o cultivo de café (300 pessoas), seguida pelo plantio de cana-de-açúcar (258 pessoas). Entre os estados, Goiás teve o maior número de resgatados (735), seguido por Minas Gerais (643), São Paulo (387) e Rio Grande do Sul (333).
Por trás das estatísticas, restam histórias de abuso nos campos e nas cidades que mostram como o trabalho análogo à escravidão ainda é recorrente no Brasil. Em fábricas improvisadas, em casas de alto padrão, nas plantações, crimes continuam a ser cometidos.
* com informações de Ana Graziela Aguiar, repórter da TV Brasil
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