BRASIL
Comissão chega a Roraima para acompanhar emergência yanomami
Estão previstos diversos encontros com indígenas e conselheiros
![O grupo de trabalho deve se reunir com representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública, de trabalhadores de saúde indígena e de sindicatos](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1220000/1200x720/Artigo-Destaque_01229265_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1220000%2FArtigo-Destaque_01229265_00.jpg%3Fxid%3D5821977%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721036686&xid=5821977)
O grupo de trabalho criado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) chegou esta semana a Roraima para se reunir com lideranças indígenas locais. A proposta é monitorar ações realizadas na Terra Indígena Yanomami em meio ao estado de emergência em saúde, decretado em janeiro em razão de grave crise sanitária. O grupo deve retornar a Brasília no sábado, 20.
Nesta terça-feira, 16, às 11h, está prevista uma coletiva de imprensa com os conselheiros nacionais de saúde coordenadores da Comissão Intersetorial de Saúde Indígena do CNS, da Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A partir das 14h, o grupo se reúne com lideranças yanomami.
Na quarta-feira, 17, a agenda na capital Boa Vista inclui uma reunião com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE/Yanomami), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) e conselheiros estaduais e municipais de saúde.
Na quinta-feira, 18, e na sexta-feira, 19, o grupo de trabalho deve se reunir com representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública, de trabalhadores de saúde indígena e de sindicatos. Também está prevista uma visita à Casa de Saúde Indígena (Casai).
“Desde 2020, o CNS tem se reunido com pesquisadores, acadêmicos, representantes do Ministério da Saúde, da Funai e do Ministério Público Federal (MPF) para denunciar a grave situação enfrentada pelos yanomami no território, onde lutam contra o avanço do garimpo ilegal, a contaminação por mercúrio, as ameaças de garimpeiros, a fome e a desnutrição”, informou o conselho, em nota.
“Também foram inúmeros os pedidos de socorro feitos pelos yanomami ao ex-presidente, todas ignoradas e não atendidas. O CNS ainda denunciou ao Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), aos poderes Legislativo e Judiciário brasileiro e a órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos o descaso e a omissão do governo anterior com esta população”, disse o conselho.
O grupo de trabalho tem a seguinte composição:
- Luiz Carlos Ferreira Penha, conselheiro nacional de saúde pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab);
- Vânia Leite, conselheira nacional de saúde pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB);
- Roberto Marques, da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste;
- Esther Ferrer, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi);
- Eliene Rodrigues, da Associação Brasileira Rede Unida;
- Ana Lúcia Paduello, integrante da mesa diretora do CNS;
- Ana Carolina Dantas, secretária-executiva do CNS;
- Gustavo Cabral, secretário-executivo substituto do CNS.
Assuntos relacionados
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Repórter cidadão
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro