BRASIL
Em cartas, pai e madrasta de Isabella afirmam inocência
Por Agencia Estado
O pai de Isabella, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, escreveram cartas nas quais se dizem inocentes em relação à morte da garota, que caiu do sexto andar de um prédio da zona norte de São Paulo, no sábado à noite. O repórter Roberto Cabrini, da TV Record, teve acesso ontem à noite aos documentos, que teriam sido dirigidos à imprensa, e leu a íntegra das cartas hoje, ao vivo, no programa "Hoje em Dia".
No programa, Cabrini disse que as cartas foram escritas à mão, são autênticas e foram feitas antes da decretação oficial da prisão dos dois. Além das cartas, também foram exibidas pela TV Record oito fotografias da criança com o casal. Numa delas, Isabella aparece ao lado do pai e em outra, com a madrasta, sugerindo um bom relacionamento entre todos.
Em sua carta, o pai de Isabella diz que, na condição de pai de três filhos, pode dizer, "sem dúvida, que a Isabella é o maior tesouro da minha vida". "Quando me dei conta que tinha perdido minha Isabella, senti naquele momento que o meu mundo acabou, não sei como caminhar. Todos estão me julgando sem ao menos me conhecer. Não faria isso com ninguém, muito menos com minha filha. Amo a Isabella incondicionalmente e prometi a ela, em frente ao seu caixão, que, enquanto vivo, não sossego enquanto não encontrar esse monstro (assassino da filha)", diz.
O pai de Isabella afirma ainda que ele e a mulher não se pronunciaram antes porque acreditavam "que o caso seria solucionado". "Nós não somos os culpados e ainda encontrarão o culpado. Desta forma, não precisaríamos mostrar nossa imagem porque o nosso sofrimento é muito grande. Só que nos acusam e queremos mostrar o que realmente estamos sentindo. A verdade sempre prevalecerá".
Já a madrasta de Isabella, em sua carta, conta quão bom era o relacionamento entre a menina e os outros dois filhos do casal. "Amo ela, como amo aos meus filhos. Tenho minha consciência tranqüila do carinho com que sempre a tratei", acrescenta. No final, Anna Carolina Jatobá repete a afirmação do pai de Isabella, de que não haviam se pronunciado antes porque acreditavam "que o caso seria solucionado". "Somos inocentes e a verdade sempre prevalecerá", finaliza.
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