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JUSTIÇA

Entidade entra com ação contra a Caixa Econômica Federal por racismo

Iniciativa de 38 advogados da Educafro foi em resposta ao caso sofrido por Crispim T. de Souza

Por Maurício Viana*

01/08/2023 - 0:45 h
Advogados realizam ato em frente ao Fórum Teixeira de Freitas em Sussuarana
Advogados realizam ato em frente ao Fórum Teixeira de Freitas em Sussuarana -

Uma ação civil pública contra a Caixa Econômica Federal por danos coletivos contra a comunidade afro-brasileira foi assinada, ontem na Justiça Federal, por 38 advogados da entidade Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) da regional Bahia. A iniciativa foi em resposta ao caso de racismo sofrido por Crispim Terreal de Souza dentro da agência localizada no Relógio de São Pedro. A indenização é no valor de R$ 49,5 milhões, destinada para bolsas de estudos para negros em universidades públicas no Brasil e no exterior.

Segundo o coordenador da Educafro na Bahia, o advogado Marinho Soares, a Caixa não realiza políticas antirracistas. “A manifestação teve como objetivo dizer que continuamos resistentes na luta contra o racismo e que, a partir de agora, vamos ingressar com ações por danos coletivos como preconiza a lei”.

O caso, do dia 19 de fevereiro, foi emblemático, com Crispim indo na agência pela oitava vez reclamar um dinheiro que foi cobrado indevidamente da sua conta e disse que só sairia se devolvessem o dinheiro. O gerente mandou aguardar e chamou a Polícia Militar (PM).

“Os policiais chegaram e conversaram com todos, sugerindo ir para a delegacia. Ao descer a escada, o gerente para e fala no telefone e diz para os policiais que não faria acordo com ‘esse tipo de gente’. Também disse: ‘Esse tipo de gente tem que sair daqui algemado’. O policial, então, dá um mata-leão em Crispim. Mas, a filha dele de 15 anos, conseguiu gravar a cena”, relata o advogado.

No entanto, Crispim foi indiciado por desacato à autoridade e resistência à prisão até aparecer o vídeo. O processo e o inquérito criminal contra Crispim foram arquivados e o gerente foi denunciado por racismo e os policiais por abuso de autoridade. De acordo com o advogado, o processo do gerente está aguardando denúncia, enquanto o dos policiais está parado.

“Nós vamos em cada estado detectar um ato gravíssimo contra o povo negro e reunir os advogados negros para entrar com uma ação civil pública. A Educafro pretende que a sociedade civil tenha o direito e a obrigação de usar esse fantástico instrumento, que não foi tão utilizado na história”, comenta o diretor-executivo da entidade Frei David.

Por meio de nota, a Caixa Econômica Federal informou que não foi notificada sobre a ação civil pública, que se manifestará nos autos do processo e que o banco repudia todas as atitudes de preconceitos relacionados à origem, raça, gênero, cor, idade, religião, credo, classe social, incapacidade física e quaisquer outras formas de discriminação, reforçando que são valores essenciais do banco o respeito nas relações entre seus empregados e o público”.

*Sob a supervisão da editora Meire Oliveira

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