TRAGÉDIA
Mãe da menina imprensada por carro alegórico desmaia em velório
“Eu quero minha menina. Isso não tem que ficar assim”, gritava Marcela Portelinha
Por Da Redação

Foi enterrado na tarde deste sábado, 23, o corpo de Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, que morreu após ser imprensada entre um carro alegórico e um poste, na dispersão da Sapucaí. Ela teve parada cardíaca e traumatismo no tórax e morreu na tarde de sexta-feira, 22.
Segundo informações do g1, a mãe da menina, Marcela Portelinha, precisou ser amparada e desmaiou várias vezes durante o velório. Após o enterro, ela, que está grávida, foi carregada e levada para dentro de uma ambulância ao lado da entrada do cemitério do Catumbi, no Centro do Rio.
“Eu quero minha menina. Isso não tem que ficar assim”, gritava no velório, de acordo com o g1. Familiares e amigos da criança protestaram na frente do cemitério, pedindo Justiça.
Investigação
O motorista do carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, que atropelou a menina na saída da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, na noite de quarta-feira, 20, mentiu para a polícia em depoimento prestado à 6ª DP (Cidade Nova).
Ao g1, a delegada Maria Aparecida Mallet informou que o homem teria dito que nenhuma criança — a não ser Raquel — brincou perto do carro alegórico. No entanto, imagens de câmeras de segurança e o depoimento do coordenador de dispersão da Liga Independente do Grupo A (Liga-RJ), José Crispim Silva Neto, no entanto, contradizem o motorista.
Segundo o motorista, pessoas chegaram a gritar: “Para o reboque, tem uma menina em cima do queijo” e “tem criança em cima do carro” antes de o veículo da escola de samba Em Cima da Hora bater.
Após o depoimento do motorista, membros da empresa que auxiliava o puxamento do carro alegórico prestarão depoimento na próxima segunda-feira, 25.
O crime é investigado como homicídio culposo (sem intenção de matar). O veículo envolvido na morte da criança foi apreendido pela Polícia Civil.
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