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Melodia faz releitura de Pérola Negra na Virada

Agencia Estado

Por Agencia Estado

27/04/2008 - 7:23 h

As filas para ver Luiz Melodia recriar as maravilhas contemporâneas de seu disco de estréia, Pérola Negra (1973), começaram cedo ontem e se prolongaram até depois que o Teatro Municipal já estava lotado. O cantor surgiu no palco às 18h06, seis minutos depois do previsto, e foi recebido com grande entusiasmo pelo público.

Em cerca de 50 minutos de show, o cantor apresentou as dez canções do disco, na mesma seqüência em que foram gravadas. Como havia comentado em entrevista, tentou chegar "o mais próximo possível" dos arranjos originais. Algumas versões ficaram mais longas e até melhores, como Abundantemente Morte e dois de seus maiores sucessos, Magrelinha e a faixa-título.

"Estou muito feliz por fazer essa releitura do disco Pérola Negra, me sinto como se estivesse começando minha carreira", disse o cantor, logo depois da primeira música, o choro Estácio, Eu e Você, que ganhou arranjo de guitarra e violão, sutil como sua interpretação. Empolgado com a reação do público, no fim de Vale Quanto Pesa, Melodia disse: "Essa Virada Cultural é a coisa mais bela. Tem que acontecer em todos os Estados do Brasil. Gênio!" Ao que alguém na platéia retrucou: "Não exagera".

Magrelinha, um dos pontos altos do show, ganhou introdução diferente e coro da platéia no verso-refrão "no coração do Brasil". Forró de Janeiro virou reggae, que tem mais a feição do cantor hoje. Em Abundantemente Morte, Melodia foi acompanhado apenas de baixo e guitarra, com belo resultado. Em Pérola Negra, emendou versos de A Coitadinha Fracassou, como já havia feito na regravação do CD Relíquias, de 1995, que incluía regravações de outras duas canções de Pérola Negra. De calça vinho, bata colorida e sandálias de couro, o cantor esbanjou elegância. Apesar de ter de recorrer à leitura de trechos de algumas letras, fez isso com discrição. No fim, deu tudo certo. Foi um show tão prazeroso quanto o disco que o inspirou.

A série de shows baseados em discos antológicos prosseguiria com Egberto Gismonti e Naná Vasconcelos revisitando Dança das Cabeças (1977) e Sá, Rodrix & Guarabyra reinterpretando Passado, Presente & Futuro (1972). A disputa por um lugar no Municipal era grande, aparentemente maior do que nas edições anteriores da Virada Cultural. Muita gente ficou de fora e teve de acompanhar o show pelo telão.

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