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BRASIL

Morre o maestro Rogério Duprat

Por Lucas Fróes

26/10/2006 - 21:32 h

Morreu nesta quinta-feira, em São Paulo, o maestro Rogério Duprat. Ele sofria do Mal de Alzheimer há quatro anos. Aliado a este quadro, o maestro teve diagnosticado um câncer na bexiga, o que lhe causou uma insuficiência renal crônica, que acabou vitimando-o. Ele estava internado desde agosto, no Premier Residencial Hospital, em São Paulo.



O corpo do maestro Rogério Duprat será cremado, provavelmente nesta sexta-feira, no Crematório da Vila Alpina, em São Paulo.



Carioca de nascimento, Duprat radicou-se na capital paulista, aonde foi um dos fundadores da Orquestra de Câmara de São Paulo, em 1956. Na capital paulista, começaria a escrever um dos mais marcantes capítulos da história da música brasileira.





História



Rogério Duprat foi nome chave e autêntico “maestro” da Tropicália, o mais ousado e instigante movimento musical do século XX no Brasil, responsável por uma verdadeira ruptura com o que o precedia. A formação erudita não impediu que Duprat fosse aberto a todos os experimentalismos dos tropicalistas. Ao contrário, era um iconoclasta.



Ele foi arranjador e um dos integrantes do coletivo que lançou o disco “Tropicália”, citado em diversas listas como o mais importante da música brasileira. Com a banda paulista Os Mutantes, Duprat esteve presente desde os primeiros momentos, produzindo quase todos os discos do grupo. Em 1967, no III Festival de Música Popular da TV Record, foi premiado como o melhor arranjador do ano pelo trabalho na canção “Domingo no Parque”, defendida por Gilberto Gil e pelos Mutantes.



Para os tropicalistas, Duprat funcionava como uma espécie de George Martin – maestro e produtor dos Beatles durante toda a carreira do quarteto – A propósito, Duprat considerava Os Mutantes mais inventivos do que a banda de Lennon e McCartney.



Duprat também marcou presença em “Construção”, outro disco marcante da música nacional, de Chico Buarque. Ele fez os arranjos das músicas “Construção” e “Deus lhe pague”. A sonoridade não deixava dúvida: ali se fazia música e história ao mesmo tempo.



Duprat já não era figurinha carimbada no meio musical desde os anos 70, passando ainda a sofrer com problemas de audição. De lá para cá, praticamente não aparecia para o grande público. Duprat também trabalhou na composição de trilhas sonoras para o cinema. Ao todo, foram mais de 40.

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