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MP identifica policiais acusados de extorsão em SP

Por Agencia Estado

17/11/2006 - 11:03 h

O Ministério Público Estadual (MPE) tem nome e apelido de dois investigadores do 7º Distrito Policial, de Guarulhos, na Grande São Paulo, acusados de cobrar R$ 10 mil do traficante de armas Edson Gonçalves de Siqueira, 29 anos, o Gordinho, para não prendê-lo. O criminoso era foragido da Justiça e foi solto no mesmo dia de sua prisão, apesar de ter sido apontado como o mandante dos atentados praticados por bandidos do Primeiro Comando da Capital (PCC), em maio, em Guarulhos. Ele também é investigado pelo seqüestro do repórter Guilherme Portanova e do auxiliar técnico Alexandre Calado, da TV Globo, em 12 de agosto deste ano.

Os policiais civis responsáveis pela prisão e libertação de Gordinho foram identificados como Rui e Chacrinha. Eles teriam recebido R$ 10 mil para soltar o acusado. Um delegado do 7º Distrito de Guarulhos também é investigado pelo crime de concussão (extorsão praticada por funcionário público). A Corregedoria da Polícia Civil abriu inquérito para apurar as denúncias.

O nome e o apelido dos policiais civis investigados foram confirmados por uma testemunha em depoimento prestado no último dia 9 aos promotores de Justiça Silvio de Cillo Leite Loubeh e Beatriz Lopes de Oliveira. Ambos são do Grupo de Atuação Especial Regional de Combate ao Crime Organizado (Gaerco) de Guarulhos.

A testemunha, também acusada pelo ataque a um ônibus, às 22 horas do dia 14 de maio, em Guarulhos, foi presa em 8 de agosto pelos mesmos policiais civis. Na delegacia, ela confessou que teve participação no crime, mas não denunciou o mandante.

Os policiais civis, no entanto, prenderam Gordinho, quatro dias antes do seqüestro do repórter Portanova e disseram que a testemunha o havia delatado. Ambos ficaram frente a frente no Distrito Policial. A testemunha foi ameaçada de morte e viu Gordinho negociando com os policiais.

Gordinho só não sabia que era investigado e monitorado pela Polícia Federal por envolvimento no tráfico internacional de armas. As ligações telefônicas feitas por ele, provavelmente ainda no DP, foram interceptadas pelos agentes.

Grampo

Nos diálogos, ele diz que foi preso, está no DP e precisa de dinheiro para fazer o acerto. Um trecho da conversa diz: "Deixa eu te falar, depois eu ligo pra você que eu tô indo na delegacia ali, que eu tomei uma abordagem e um policial tá me acompanhando até o 7º DP". Em outro trecho, ele fala para um desconhecido: "Tão querendo uma moeda".

Em outra conversa, ele afirma: "Me liberaram agora e meu advogado tá correndo atrás de um dinheiro pra mim tá pagando esse acerto ali. Vou ver se consigo arrumar o dinheiro pra eles, pra não me meter numa preventiva".

A Polícia Federal gravou ainda um trecho em que Gordinho afirma ter participado do seqüestro da equipe da TV Globo. A PF prendeu o criminoso em 23 de agosto, durante a Operação Gládio. Os promotores Silvio Loubeh e Beatriz Lopes vão denunciar Gordinho e a testemunha à Justiça pelo ataque ao ônibus e por formação de quadrilha.

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