BRASIL
MST volta a depredar fazenda da família Mutran no Pará
Por Agencia Estado
A polícia do Pará abriu inquérito para apurar novo ataque de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) à fazenda Peruano, localizada em Eldorado dos Carajás, no sudeste do Estado. A área, pertencente à família Mutran, teve parte da sede queimada ontem. Cerca de 40 bois foram mortos na ação, que teve participação de 150 lavradores. Temendo a morte, empregados da fazenda fugiram e acionaram a delegacia de Parauapebas.
A depredação foi uma resposta do MST à reintegração de posse de mais de vinte fazendas na região pela tropa da Polícia Militar, que cumpre decisão da Vara Agrária de Marabá.
Em março, a sede da propriedade já havia sido invadida, saqueada e queimada por invasores do MST que ocupavam os fundos da fazenda. Os líderes do movimento tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Um laboratório de genética animal e três tratores foram destruídos e os móveis saqueados.
O pecuarista Evandro Mutran acusa o MST de matar um boi da raça nelore avaliado em R$ 1,5 milhão. O movimento diz que parte da fazenda foi "grilada" do Estado e exige a desapropriação da fazenda para nela assentar mais de 600 famílias.
Mutran pediu a seus advogados para ingressarem com nova ação por danos materiais contra o MST. Em resposta, o movimento se diz disposto em manter as invasões em terras dos Mutran. Ele avalia em mais de R$ 5 milhões seus prejuízos com as constantes depredações promovidas pelo movimento.
O líder do MST Alberto Lima (o Tim Maia) é apontado por empregados da fazenda e por policiais como o maior incentivador dos ataques. Ele foi preso em março, no despejo de sem-terra de várias fazendas. Para Lima, a família Mutran exerce seu poder sobre a polícia do Pará e tem acusações de prática de trabalho escravo. O MST diz que os Mutran são os que mais resistem à implantação da reforma agrária no sul paraense.
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