PCC manda matar garota de dentro de presídio de SP

Escutas telefônicas divulgadas pelo Ministério Público mostram que o Primeiro Comando da Capital (PCC) encomendou a morte da adolescente Renata De Bazan Medina, de 17 anos, de dentro do Instituto Penal Agrícola (IPA) de São José do Rio Preto, no noroeste do Estado de São Paulo. Renata foi morta com quatro tiros em 21 de dezembro de 2003, na periferia da cidade.

As escutas mostram que a morte de Renata foi encomendada pelo presidiário Wellington Bispo Alves, integrante da facção, que na ocasião cumpria pena no IPA. Alves tinha tido um caso com a adolescente e teria se revoltado com o fato de ter contraído o vírus da Aids, supostamente transmitido por Renata, que trabalhava como garota de programa.

Alves encomendou a morte a Leandro Paulo Raimundo, o Monrá, que queria entrar no PCC. Para ser batizado, Monrá teria de matar a garota, arrancar o coração e entregar a Alves, no IPA. Monrá, porém, contratou outros dois pistoleiros, Lucas Paula Thomé e Éder Júnior Lopes, que acabaram matando a garota na noite de 21 de dezembro de 2003, mas foram denunciados por uma testemunha que presenciou o crime.

Thomé será julgado na quinta-feira e o Ministério Público vai usar as escutas para tentar condená-lo pelo crime. Lopes e Raimundo não serão julgados no mesmo dia porque o processo foi desmembrado.