PF prende traficantes que atuavam em três estados

A megaoperação Conexão Sul, da Polícia Federal, prendeu 12 suspeitos de tráfico e apreendeu quatro carros entre quinta-feira e a manhã deste sábado nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. A quadrilha, chefiada pelo ainda foragido José Paulo Vieira de Mello, o Paulo Seco, vinha agindo nesses três estados desde 2001, quando assumiu os negócios de Fernandinho Beira-Mar, Nei Machado, o Pitoco, que está detido no RS e o também gaúcho e foragido Erinei Domingo Soligo, o Pingo, condenado a 41 anos de prisão.

As investigações começaram há seis meses e, conforme o superintendente da PF no Rio Grande do Sul, José Francisco Mallmann, Seco comandava o grupo em Ciudad Del Este, no Paraguai: "Eles estavam muito bem organizados e movimentavam aproximadamente R$ 2 milhões, o equivalente a 200 quilos de cocaína pura por mês", revelou Mallmann.

Os componentes do bando, que já estão presos na sede da PF em Porto Alegre, são Carlos Renato Bruneti Bisquer (China), o braço direito de Paulo Seco, capturado em Amambay (MS) - ele comandava as remessas e transações bancárias do grupo; Cléderson Fernando da Rosa Rocha (Keko), que atuava na capital gaúcha; O irmão de Keko, Leandro César (Chera), estava baseado em Florianópolis. Sob as ordens de Chera, estava Juraci Oliveira da Silva (Jura), encarcerado na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), na região metropolitana de Porto Alegre, de onde comanda o tráfico no Morro da Cruz, em Porto Alegre.

Em Cachoeirinha, também na Grande Porto Alegre, foi preso Carlos Eduardo de Vargas. Em Passo Fundo, a PF deteve Claudiomir Mainardi (Gordo), Edir Paulo Fischer, Ronald Zimmermann (Rona), Juliano Dias da Rosa (Bussunda) e Robinson Saibro de Almeida (Bobi). A droga, que vinha da Bolívia e da Colômbia, era atirada de aviões em fazendas de São Borja, na fronteira oeste do RS, onde foram presos Antônio da Silva Valle e Nélson Gonçalves Goulart. Em Londrina (PR), a PF pegou Gilmar Monteiro, dono de uma fazenda no Paraguai utilizada pela quadrilha. De São Borja, a droga seguia, por terra, para Passo Fundo e Florianópolis, indo, em seguida, para Rio de Janeiro e São Paulo, de onde partia para a Europa. Todos eles vão responder a inquéritos por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e associação ao tráfico.