DESPEDIDA
Plataforma concorrente do YouTube deixa o Brasil
Rumble, plataforma de mídia social semelhante ao Youtube, foi criada no Canadá em 2013
Por Da Redação
A plataforma de mídia social, Rumble, semelhante ao Youtube e criada no Canadá em 2013, anunciou na sexta-feira, 23, a saída do Brasil. De acordo com Chris Pavlovski, criador do Rumble, a decisão foi tomada por discordâncias com as exigências da Justiça brasileira. O empresário disse ainda que vai recorrer das ordens de remoção de usuários.
Pavlovski diz que está “decepcionado” com as decisões da Justiça dos Brasil. Ao publicar no X (ex-Twitter) o anúncio sobre a desativação da plataforma no Brasil, Pavlovski disse que não vai ser “intimidado pelas exigências de governos estrangeiros para censurar os criadores do Rumble”.
O Rumble atraiu personalidades da direita brasileira ao mesmo tempo em que o Tribunal Superior Eleitoral passou a proferir decisões determinando o bloqueio de perfis em redes sociais tradicionais. Influenciadores como Monark, Rodrigo Constantino e Allan dos Santos passaram a produzir conteúdos na plataforma.
Um relatório financeiro do Rumble sobre o desempenho no ano de 2022 aponta que a empresa chegou a 71 milhões de usuários ativos até setembro do ano passado. O aumento foi de 97% na comparação com o 3º trimestre de 2021.
De acordo com o criador, o objetivo do Rumble é oferecer alternativa aos “pequenos criadores de conteúdo, aqueles que de repente perderam a prioridade nas plataformas existentes em favor de influenciadores, corporações e grandes marcas.
O Rumble ganhou popularidade em 2020, quando foi realizada a última eleição presidencial nos Estados Unidos. De acordo com o jornal canadense The Globe and Mail, a abertura de contas por republicanos apoiadores de Donald Trump começou após que o então deputado Devin Nunes criou um perfil na plataforma.
De acordo com apuração do Wall Street Journal, o Rumble recebeu financiamento de US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões na cotação atual) da Narya Capital, empresa de capital de risco fundada por J.D. Vance, que recebeu apoio do ex-presidente norte-americano na disputa pelo Senado dos EUA nas eleições de meio de mandato de 2022.
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