BRASIL
Polícia investiga morte de menino em banana-boat na BA
Por Agencia Estado
A Polícia Civil de Porto Seguro (BA) abriu inquérito para investigar a morte de Lucas Almeida, de 7 anos, em um acidente ocorrido ontem em um passeio de bote puxado por lancha, conhecido como banana-boat. Mineiro de Almenara, Lucas estava viajando pelo sul da Bahia com uma tia, Márcia Nunes, e um filho dela de 17 anos no feriado prolongado. Ontem, pediu à tia para andar de banana-boat antes de voltar para casa. Acabou caindo do bote e foi degolado. "Ainda não podemos dizer se o menino foi atingido pelas hélices da lancha ou pela corda que liga a embarcação ao bote, mas a segunda hipótese é mais provável", conta o delegado William Soares Silveira, da Delegacia do Turista de Porto Seguro.
"Pelo que já apuramos, foi um trágico acidente e não há a quem culpar pela fatalidade", afirma Silveira. "Mas se for atestado após as investigações que houve negligência ou imperícia de algum dos envolvidos, ele será indiciado por homicídio culposo".
Especialistas do Instituto Médico-Legal (IML) de Eunápolis, no sul da Bahia, fizeram a autópsia no corpo de Lucas e afirmam que o resultado sai em até 30 dias. De acordo com o delegado, só depois disso as investigações serão concluídas. Até agora, a cabeça do menino não havia sido encontrada. Equipes da Marinha e do Corpo de Bombeiros participam das buscas.
Segundo dados preliminares da Capitania dos Portos, a empresa que comercializa o passeio está em situação regular, bem como a embarcação que rebocava o bote, que navegava em área permitida para a atividade e tinha todos os equipamentos de segurança exigidos na hora do acidente - incluindo proteção de hélice. Além disso, segundo o órgão, o condutor da lancha, Gilmar Santos da Silva, está habilitado a pilotar embarcações do gênero.
O responsável pela Capitania dos Portos no litoral sul baiano, capitão-tenente André Gomes Freitas, afirma que o órgão também vai instaurar um inquérito administrativo para apurar as causas do acidente e identificar possíveis responsáveis. "Nunca houve um acidente assim na região", relata.
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