BRASIL
Presa quadrilha que vendia celular a presos
Por Agencia Estado
A polícia do Espírito Santo prendeu ontem uma quadrilha que vendia celulares para detentos em presídios no Estado. Os telefones eram entregues aos presos por advogados e parentes. Uma das sete pessoas presas contou que os presidiários habilitavam os aparelhos por meio de um chip e uma senha, ao custo de R$ 1.150,00, usando dados de terceiros.
Cada habilitação durava, em média, 15 dias. Depois disso, em geral, as companhias telefônicas descobriam a fraude e cancelavam a linha. Os celulares eram vendidos aos detentos por traficantes. Trezentos aparelhos foram apreendidos. De acordo com a polícia, a quadrilha tem ramificações em diversos Estados.
No início da semana, a polícia divulgou fitas com gravações de conversas telefônicas entre o traficante José Antônio Marin, o Toninho Pavão, e Wether Alves. No diálogo, Pavão ordena, de dentro do Presídio de Segurança Máxima de Viana, com um celular, que Alves mate um casal que lhe deve dinheiro. O comparsa obedeceu a ordem com o telefone ligado, de modo que Pavão ouvisse os tiros. O crime ocorreu em 28 de março, em Cariacica. Antônio Marcos da Costa Gama e Francisca Fernandes Leite foram mortos com 22 tiros.
Na quarta-feira, Pavão e outros quatro presos de alta periculosidade foram transferidos do presídio para a sede da Polícia Federal no Espírito Santo. Preso há seis anos para cumprir pena de oito por tráfico de drogas, ele agora foi indiciado pelos homicídios e pode ser condenado a até 60 anos. O mesmo pode acontecer com Wether Alves, preso em abril. A PF pediu reforços para a segurança de sua sede, mas os agentes só devem chegar ao Estado na próxima semana. Por enquanto, a segurança é reforçada por agentes federais vindos de unidades do interior.
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