TRAGÉDIA ANUNCIADA
Rio não aplicou nem 50% dos recursos na prevenção de desastres
Conclusão vem de levantamento realizado pelo ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc
Entre os anos de 2020 e 2021, o estado do Rio de Janeiro investiu menos de 50% do orçamento aprovado para prevenção, resposta ao risco e recuperação de áreas atingidas por catástrofes ambientais. A conclusão foi obtida pelo deputado estadual do Rio de Janeiro Carlos Minc (PSB).
Segundo o parlamentar, no primeiro ano, foram liquidados apenas 38,5% da dotação orçamentária inicial. No outro ano, o cenário melhorou um pouco: 41,52% liquidados. Juntas, as sobras, produto de recursos de seis fontes diferentes, dão cerca de R$ 400 milhões que deixaram de ser aplicados.
O ex-ministro do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Lula apurou os dados com base no cruzamento de informações da LOA (Lei Orçamentária Anual) dos dois anos, aprovadas pela Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), com o Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira).
As fontes dos recursos seriam a secretaria de Infraestrutura e Obras, Defesa Civil, Fundo Especial do Corpo de Bombeiros, Departamento de Recursos Minerais, (Inea) Instituto Estadual do Ambiente e (Fecam). Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano.
“O conjunto desses investimentos representaria recuperação ambiental, reflorestamento, melhoria nos sistemas de medição de elevação dos níveis dos rios e recepção e informação de dados dos radares meteorológicos. Infelizmente, o governo não tem a cultura da prevenção e, depois, coloca a culpa em São Pedro. É muito fácil depois responsabilizar a chuva”, disse Minc.
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