EM AUTOBIOGRAFIA
Rita Lee pediu para políticos não irem ao seu velório: "me levantaria"
Frase escolhida por ela para a lápide foi: "Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa"
Por Da Redação

Em sua autobiografia, "Rita Lee: Uma Autobiografia", lançada em 2016, a cantora, morta nesta segunda-feira, 8, aos 75 anos, vítima de um câncer, revelou o que imaginava sobre como seria o mundo após a sua morte.
Seu desejo era que estivesse em seu epitáfio uma frase representando sua vida. A frase escolhida por ela foi: "Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa".
A cantora afirmou imaginar que pessoas que a detestam escreveriam palavras de carinho e suas músicas seriam tocadas em rádios sem cobrança de contrapartida.
"Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta", escreveu. "Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída".
A cantora falou ainda sobre o que imaginava do comportamento dos fãs. "Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão 'Ovelha Negra', as TVs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha no obituário de algumas revistas há de sair".
A rainha do rock falou ainda sobre redes sociais e sobre a presença de políticos em seu velório.
"Nas redes virtuais, alguns dirão: 'Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk'. Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los".
"Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: 'Thank you Lord, finally sedated' ('Obrigada, Deus, finalmente sedada', em tradução livre para o português)".
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes