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Servidora pública acusada de desvio na Educação levava vida de luxo

Ela utilizava cartão alimentação de servidores já falecidos

Por Da Redação

01/06/2024 - 15:41 h
Servidora tinha um salário líquido de aproximadamente R$ 2 mil
Servidora tinha um salário líquido de aproximadamente R$ 2 mil -

Uma servidora da Educação do estado de São Paulo, que possui um salário líquido de cerca de R$ 2 mil, está sendo investigada pela Polícia Civil por uso indevido do cartão alimentação de diversos servidores, alguns deles já falecidos. Ela levava uma vida de ostentação com viagens para destinos badalados em todo o Brasil. As informações são do Metrópoles.

Driele da Silva Teixeira é responsável pelo gerenciamento de solicitações envolvendo o benefício do cartão-alimentação de servidores. Segundo uma apuração feita pela Controladoria Geral do Estado (CGE), há 28 casos em que os cartões receberam créditos mesmo após a desvinculação do funcionário, chegando a um total de mais de R$ 41 mil.

Segundo depoimentos feitos à CGE, o esquema começou com a denúncia de um servidor que não recebeu o cartão, mas estava sendo notificado de seu uso para compras. Quando Driele tirou férias a sua substituta recebeu as reclamações do ex-servidor e tentou localizar seu cartão. Ao localizar um armário utilizado por Driele foram encontrados diversos cartões carregados com créditos posteriores às datas das exonerações dos servidores.

Dois cartões de servidores falecidos receberam créditos e foram usados até tempos depois de suas mortes. Em um dos casos, o cartão de uma funcionária da pasta morta em 2023 recebeu R$ 12,2 mil, que foram gastos no mês seguinte. Os cartões dela e de outros dois funcionários foram usados em um mesmo período em Sorocaba, no interior de São Paulo.

Incompatível com renda

Segundo a investigação, “todos estranhavam a vida que a investigada levava, incompatível com sua renda”. O Portal da Transparência revela que, em abril de 2024, o salário bruto da servidora atingiu R$ 3.018,81 – enquanto o líquido ficou em R$2.070,46.

Nas redes sociais Driele se descreve como modelo, apaixonada por moda e viagem, personal stylist e influenciadora.

“É inconteste notar que Driele leva uma vida de ostentação, surgindo em fotos sempre muito bem arrumada, com roupas e bolsas aparentemente caras e na maioria das vezes em restaurantes ou praias”, diz a investigação.

A conta no Instagram da investigada, que foi tornada privada nesta quinta-feira, 30, traz fotos e vídeos de viagens nacionais para destinos turísticos como Campos do Jordão (SP), Angra dos Reis (RJ), Trancoso (BA), Foz do Iguaçu (PR) e Florianópolis (SC).

Imagem ilustrativa da imagem Servidora pública acusada de desvio na Educação levava vida de luxo
| Foto: Reprodução | Redes Sociais

O delegado responsável pelo caso, Tiago Fernando Correia, solicitou o afastamento da servidora pública e a quebra do sigilo telemático (autorização para acessar o conteúdo dos aparelhos celulares, notebooks, CPU’s, pen drives e outros equipamentos eletrônicos).

Em nota, a Secretaria da Educação afirmou que atuou em conjunto com a Controladoria Geral do Estado na apuração de uma denúncia de irregularidades, e, após constatar o uso indevido do benefício de alimentação por uma servidora, a Seduc encaminhou os dados à CGE.

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Tags:

corrupção Educação investigação policial São Paulo

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