BRASIL
Viúva de Adriano da Nóbrega fecha delação premiada
Por Da Redação

Viúva do capitão Adriano da Nóbrega, Júlia Lotufo está perto de homologar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio, informa a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.
Segundo a publicação, Júlia negocia há algumas semanas com os procuradores, representada pelo ex-senador Demóstenes Torres, que voltou a advogar. A delação já está na segunda fase, ou seja, foi aceita pelos procuradores e agora são tratados anexos específicos sobre homicídios cometidos por organizações criminosas no Rio de Janeiro.
Homenageado pelo senador Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio e amigo de Fabrício Queiroz, o ex-capitão do Bope é apontado pela Polícia Civil como chefe da milícia de Rio das Pedras e da Muzema, na Zona Oeste do Rio. Adriano foi morto em fevereiro do ano passado, em confronto com a polícia, na zona rural do município baiano de Esplanada.
Júlia já esteve foragida e teve a prisão preventiva decretada, mas a punição foi reduzida a prisão domiciliar. Atualmente, responde a um processo da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital do RJ, por organização criminosa e lavagem de dinheiro. Após a morte do marido, conforme o processo, coube a ela cuidar do espólio de atividades ilegais de Adriano.
Ela foi denunciada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ), e nesse processo consta um documento da contabilidade dos negócios do miliciano.
De acordo com a coluna, teria partido da viúva de Adriano a iniciativa de contatar os investigadores. Inicialmente, Júlia procurou a Polícia Civil. O secretário de Polícia Alan Turnowski foi ao MP do Rio para agendar uma reunião da defesa de Júlia com a promotora Simone Sibílio, responsável pela investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Este encontro aconteceu há algumas semanas, e Sibílio se interessou pelas informações que Júlia tinha a fornecer sobre o caso.
A defesa de Júlia foi encaminhada, então, para outra área do Ministério Público, que apura a participação de milicianos em assassinatos de aluguel – mortes como as cometidas pela organização criminosa Escritório do Crime. Em seguida, o Ministério Público Federal foi envolvido na negociação e tudo caminha para a homologação na próxima semana.
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