DEFESA
Wassef diz que caso Milton "são mentiras para atingir Bolsonaro"
Wassef declarou que divulgação da ligação telefônica de Milton Ribeiro em que teria citado Bolsonaro foi um “vazamento criminoso”
Por Da Redação
O advogado do presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos filhos, Frederick Wassef, disse nesta sexta-feira, 24,que a suposta interferência nas investigações envolvendo o ex-ministro Milton Ribeiro e o suposto tráfico de influência no Ministério da Educação são “mentiras” para atingir o chefe do Executivo. As informações são do Poder 360.
“Mentiras, fake news para atingir o presidente Bolsonaro. O que está por trás disso é o uso indevido da máquina pública e de instituições com fins políticos. [A] campanha eleitoral já começou. É o que está em jogo aqui”, disse em entrevista a jornalistas em frente ao Palácio do Planalto.
Wassef declarou que a divulgação da ligação telefônica de Milton Ribeiro em que teria citado Bolsonaro foi um “vazamento criminoso”. De acordo com ele, novos vazamentos podem ocorrer. Ele também afirma que o presidente não manteve contato com o ex-ministro.
“Temos aqui um crime de material sigiloso que está sobre a guarda do Ministério Público Federal. Me causa estranheza esse material estar sendo vazado a conta-gotas e já aviso os senhores: vão ter novos vazamentos, no dia de hoje espero”, disse.
De acordo com o advogado, Bolsonaro está “tranquilo” e “absolutamente distante” de Milton Ribeiro e de todos os investigados. “Se o ex-ministro usou o nome do presidente Bolsonaro, usou sem o seu conhecimento, sem sua autorização. Então, ele que responda. Compete ao ex-ministro se explicar sobre o que ele fala”, afirmou.
O ex-ministro da Educação disse em 9 de junho que recebeu uma ligação de Bolsonaro. Durante conversa telefônica com sua filha, Milton Ribeiro afirmou que o presidente teve um “pressentimento” sobre a realização de operações de busca e apreensão da PF (Polícia Federal) envolvendo supostas irregularidades na distribuição de recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
Por causa da suposta interferência de Bolsonaro, o MPF (Ministério Público Federal) pediu à Justiça o envio da investigação sobre corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação de volta para o STF (Supremo Tribunal Federal).
No pedido, o MPF afirmou haver “indício de vazamento da operação policial e possível interferência ilícita por parte do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro nas investigações”. Procurado, o Planalto ainda não se manifestou sobre o assunto.
Milton Ribeiro e os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos foram presos na operação “Acesso Pago” da PF (Polícia Federal) na manhã de quarta-feira, 22, em Santos, como resultado da investigação do caso sobre a atuação de pastores no Ministério da Educação.Na quinta-feira, 23, o juiz federal Ney Bello, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), revogou a prisão preventiva do ex-ministro.
Em live nas redes sociais, Bolsonaro disse que “exagerou” ao dizer que botaria “a cara no fogo” em defesa do ex-ministro, mas declarou que colocaria a “mão no fogo” pelo pastor. Além de criticar a prisão de Ribeiro, o chefe do Executivo afirmou que esta serviu para desgastar o governo.
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