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BRASIL

Youtuber Monark defende existência de partido nazista no Brasil

Nas redes sociais, internautas cobram uma ação do Ministério Público Federal por apologia ao nazismo

Por Da Redação

08/02/2022 - 13:27 h

O youtuber e podcaster Bruno Aiub, conhecido como Monark, virou o assunto mais comentado na internet após defender a existência de um partido nazista no Brasil reconhecido por lei. A declaração foi dada na noite da última segunda-feira, 7, no podcast 'Flow', com as presenças dos deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB).

"A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião [...] Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei", disse Monark.

Ele foi repreendido por Tabata Amaral. "Liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca em risco coloca a vida do outro. O nazismo é contra a população judaica e isso coloca uma população inteira em risco", disse a parlamentar.

"A comunidade judaica até hoje tem que se preocupar com sua segurança porque recebe ameaça. O antissemitismo é uma coisa que tem ser combatida todos os dias", respondeu Tabata.

Já Kim Kataguiri disse que os partidos com bandeiras ideológicas comunistas também não poderiam existir devido a declarações que poderiam violar os direitos humanos. "Quando o Rui Costa, do PCO, fala em fuzilar burguês, por exemplo, aquilo está contemplado pela liberdade de expressão. Pelo menos no entendimento de hoje. Por essa definição, o partido comunista não deveria existir", falou.

No Brasil, é considerado crime fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas e objetos de divulgação do nazismo, conforme o artigo 1º da Lei 7.716/89. Caso seja caracterizado o ato de divulgar ou comercializar materiais com ideologia nazista, a pena pode variar entre um a três anos de prisão e multa.

Nas redes sociais, internautas cobram uma ação do Ministério Público Federal por uma suposta apologia ao nazismo pelo apresentador. Vale lembrar, que por lei, gravações do tipo se configuram como flagrante delito.

As marcas que patrocinam o podcast 'Flow' também estão sendo cobradas para abandonar as parcerias, são elas: Ifood, Wise Up, Ragazzo, Prime Video, Amazon Music, Bis e Finclass. A Puma, que fez uma parceria pontual e não patrocina o podcast, também foi cobrada e já condenou a declaração.

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