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SHOW

Um século de música

Com mais de cem anos de carreira combinados, Toquinho e João Bosco celebram a amizade de longa data

Por Bruno Santana*

04/11/2022 - 6:00 h
João Bosco:  “Muitos dos meus ídolos são baianos. É uma necessidade visceral estar por perto"
João Bosco: “Muitos dos meus ídolos são baianos. É uma necessidade visceral estar por perto" -

Como sintetizar, em poucas horas ao longo de uma noite, uma simbiose melódica que perdura há mais de 50 anos e mantém-se viva como na primeira noite em que ocorreu? Difícil dizer ao certo, mas esta é a mágica proposta por Toquinho e João Bosco no show Amigos e Canções, que chega a Salvador nesta sexta-feira, 4, com apresentação única na Sala Principal do Teatro Castro Alves.

Combinando os talentos ímpares dos dois cantores, compositores e violonistas, o espetáculo reúne mais uma vez os amigos, que se conheceram em Ouro Preto (MG) por meio de Vinícius de Moraes, no início dos anos 1970, e já se apresentaram juntos em diversas oportunidades ao longo das décadas. Além de Toquinho e João Bosco, o show desta noite contará ainda com a participação especial da cantora goiana Camilla Faustino.

A ideia do espetáculo Amigos e Canções, como o próprio título já sugere, é fazer um amálgama que homenageia e destaca a profunda afinidade melódica entre Toquinho e João Bosco. Do primeiro, destaca-se o repertório composto em parceria com Vinícius, com canções como Eu Sei Que Vou Te Amar e Samba de Orly, além de composições como Aquarela, O Caderno e Que Maravilha — esta última, escrita junto com Jorge Ben Jor.

No caso de João Bosco, o holofote está na formidável lista de composições assinadas em parceria com Aldir Blanc, seu parceiro de longa data, morto em 2020. Algumas das criações mais célebres da dupla incluem O Bêbado e a Equilibrista, Falso Brilhante e O Mestre Sala dos Mares.

Sobre o equilíbrio das criações dos dois artistas no palco, Toquinho garante que o público poderá esperar um pouco de tudo. "O João faz a parte dele, eu faço a minha, e, em dois outros momentos, fazemos juntos, cantando o que quisermos e aquilo que o público quer", afirma.

"Vai ser divertido porque, acima de tudo, é prazeroso de se fazer e trabalhar com João Bosco. Nosso repertório é muito vasto e isso facilita. O público se identifica com as canções porque são sucessos consagrados e sempre exigidos. O lema do artista é atender o gosto do público", segue.

João Bosco, por sua vez, concorda: "Esse público maravilhoso de Salvador pode esperar que nosso repertório será constituído de músicas que marcaram nossas carreiras até aqui, incluindo algumas músicas de trabalhos recentes — como, no meu caso, do DVD Abricó de Macaco", adianta.

Cordas e mais cordas

Se a união de dois fantásticos violonistas poderia representar um conflito no caso de uma dupla não muito familiarizada entre si, definitivamente não é este o caso na parceria entre Toquinho e João Bosco: a amizade de décadas, bem como os múltiplos trabalhos juntos ao longo dos anos, tornaram a colaboração dos dois artistas perfeitamente harmônica nos palcos.

"João Bosco é um excepcional compositor e intérprete. Faz parte de uma geração que excede em talento e produtividade", afirma Toquinho sobre a parceria. "Sua música é forte e retrata o Brasil de diversas maneiras. Já trabalhamos juntos em outros shows e me identifico com muitas de suas composições e com sua característica peculiar de interpretá-las", detalha.

João, por sua vez, retribui o carinho: "Eu conheço o Toquinho desde os meus tempos de estudante em Ouro Preto. Quando o Vinicius me apresentou a ele naquele momento , eu já era fã da música dele. Quando começamos a entrar juntos num mesmo palco isso só veio reforçar a minha admiração por tudo que ele representa", afirma.

"A ligação de harmonias e ritmos presentes em nossas composições facilitou essa junção num espetáculo musical", afirma Toquinho. "Mantemos um ótimo entrosamento de palco nos muitos shows que já fizemos juntos. É muito prazeroso trabalhar com João Bosco. Ele tem uma técnica própria de tocar violão: em suas composições, inventa trechos melódicos e harmônicos de espontânea sofisticação. Seu violão é vibrante, tanto quanto a dinâmica rítmica de suas músicas. E sua voz altera rusticidade e suavidade sem interferir na sonoridade de seu violão, fazendo dele um artista com linguagem inconfundível e plenamente brasileira. João é um compositor e intérprete peculiar, com estilo próprio, diferente do meu. É interessante juntar num palco estilos diferentes originados da mesma base, que é a Bossa Nova", completa.

De volta a Salvador

A capital baiana, claro, tem um significado especial para os dois artistas: Toquinho, por exemplo, musicou Tarde em Itapuã, composição de Vinícius de Moraes, enquanto João Bosco compôs Papel Machê em parceria com o baiano Capinam. Até por isso, ambos os artistas não escondem a animação de voltar a Salvador para mais uma apresentação.

"Salvador não representa uma volta, mas um constante encontro", celebra Toquinho. "Parece que o que se viveu aí refloresce ao respirar a quentura humana de sua gente e a atmosfera de amizade que perdura através do tempo. E mais: o Teatro Castro Alves marcou momentos memoráveis de minha carreira ao lado de Vinícius. Foi em seu palco que iniciamos nossas apresentações aqui no Brasil. E agora, ao lado de João Bosco, poderemos trazer de volta um pouco de Vinícius nesse mesmo palco. Será um show com muitas vibrações", completa.

João, por sua vez, reforça a força cultural da Bahia como uma das suas principais inspirações: "Estar de volta a Salvador é reencontrar o que há de mais importante na história do Brasil. Muitos dos meus ídolos de diferentes áreas da cultura brasileira são da Bahia. É uma necessidade visceral estar sempre perto da Bahia", opina o músico.

O show Amigos e Canções acontece hoje, a partir das 21h, na Sala Principal do Teatro Castro Alves. Os ingressos, que variam entre R$ 65 e R$ 220, podem ser adquiridos na bilheteria do TCA ou, com taxa de conveniência, na plataforma online Sympla.

Toquinho e João Bosco – Amigos e Canções / Nesta sexta-feira, 21h / Sala Principal do Teatro Castro Alves / R$ 220 e R$ 110 (filas de A a W) / R$ 160 e R$ 80 (de X a Z6) / R$ 130 e R$ 65 (de Z7 a Z11) / Vendas: bilheteria TCA e Sympla

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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