Carnaval terá 11 centros de coleta e estrutura para catadores

Durante o Carnaval, 1.840 catadores vinculados a cinco cooperativas atuarão nos circuitos da folia com equipamentos de proteção individual, como botas, luvas e protetores auriculares, e contarão ainda com a estrutura de 11 centros de coleta espalhados pelos circuitos, seis no Dodô (Barra/Ondina), quatro no Osmar (Campo Grande) e um no Nordeste de Amaralina. É o que prevê o programa “Eco Folia Solidária, o trabalho decente preserva o meio ambiente”, que será lançado na manhã desta quarta-feira, 15, em Salvador, pela secretária de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado.

“Todos esses centos de catadores têm EPI’s. Eles trabalham com equipamentos para proteção da sua saúde. Tudo isso faz parte da nossa agenda de trabalho decente. E além dessa ação, eles vão ter alimentação e o processo de comercialização, tem prensa, e, através das cooperativas vão conseguindo melhores condições para negociar os produtos catados por eles durante o Carnaval e que podem ser reciclados, para agregar mais valor”, explicou o secretário Davidson Magalhães em entrevista nesta quarta ao programa Isso É Bahia, da rádio A TARDE FM 103.9.

De acordo com a pasta, os centros de coleta garantem pontos de comercialização dos recicláveis, com computadores, balanças e prensas, geridos pelas Redes de Cooperativas de Catadores, que compram o material coletado, praticando preços justos e evitando a ação de “atravessadores”. A estratégia é possibilitar que as cooperativas estoquem o material, aguardando o melhor momento para a venda, já que durante o Carnaval o mercado se desvaloriza por causa da maior oferta. A expectativa é de que sejam recolhidas mais de 90 toneladas de resíduos este ano.

Apesar de importante, o programa voltado para o Carnaval é parte de uma política maior em benefício dos catadores desenvolvida durante todo o ano, segundo o secretário. O objetivo é retomar o programa federal “Pró-catador”, interrompido durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Magalhães garantiu que o projeto será retomado com “muita força” no governo Lula.

“Nós vamos consolidar esse trabalho no conjunto do estado da Bahia, fortalecendo as cooperativas, criando estrutura para as cooperativas, e entrar nesse trabalho tão importante para o meio ambiente, que é o trabalho de reciclagem”, destacou o secretário ao reforçar que o trabalho consciente com o lixo deve representar, além de proteção ao meio ambiente, uma oportunidade de renda para a população e os municípios.