CARNAVAL
Titular da Sepromi reforça importância dos 50 anos do Ilê Aiyê
Ângela Guimarães participou da tradicional saída do bloco no bairro do Curuzu
Por Bernardo Rego e Fernando Valverde

A titular da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Ângela Guimarães, esteve na sede do bloco Ilê Aiyê, no bairro do Curuzu, na noite deste sábado, 10. O bloco afro faz o seu tradicional desfile no Carnaval de Salvador pelas ruas do Campo Grande.
Guimarães enfatizou a importância da comemoração dos 50 anos do bloco afro, criado em 1974. Segundo ela, é uma forma de reverenciar "a coragem de confrontar o racismo". " Hoje a gente lida com gerações de crianças que se amam, que se olham no espelho e amam o que está ali refletido. Não era esse o contexto de 50 anos atrás, o contexto de 50 anos atrás era um contexto de um racismo massacrante, onde mulheres negras não podiam usar batões vermelhos, onde os nossos cabelos não poderiam ir para cima, eles tinham que ser espichados no ferro, onde as nossas histórias não eram contadas em lugar nenhum", ressaltou.
"Então sem dúvida a vida da Bahia, do Brasil e do mundo é antes e depois dos blocos afro, sobretudo antes e depois do Ilê Ayê. Então, a gente está aqui celebrando os cinco décadas, reverenciando a coragem, ousadia de confrontar o racismo e dizer sim que toda a nossa contribuição civilizatória, o nossa legao, a nossa ancestralidade precisava ser reconhecida no Brasil e na Bahi", acrescentou.
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