CARNAVAL 2014
Trio pipoca volta com a força do patrocínio
Por Flávia Faria e Maíra Azevedo

O grupo de artistas que vai desfilar de graça, ou seja, sem as cordas dos blocos aumentou no Carnaval 2013. Além de Chiclete com Banana e Banda Eva, que já haviam estreado neste estilo, tem Psirico, Parangolé e Araketu.
O que parece, à primeira vista, uma tentativa de democratização da festa, tem seguido uma lógica de mercado. Empresas consideram o Carnaval feito para o folião pipoca uma forma eficiente de dar visibilidade a seus produtos e serviços. "O retorno que as empresas conseguem é ótimo para os seus negócios", explica Carlos Sampaio, especialista em marketing.
A marca da cerveja Skol, por exemplo, financia pelo segundo ano consecutivo o desfile do Chiclete sem cordas, amanhã no Campo Grande (circuito Osmar). Na Barra (circuito Dodô), a marca vai promover, no sábado, pela primeira vez, o arrastão da banda Parangolé, liderada por Léo Santana. "A gente sempre quis fazer a festa da pipoca. Aí chegou o patrocinador para juntar a fome com a vontade de comer ", conta Léo Santana.
Outra cervejaria que aposta no filão é a Nova Schin. A marca financia seis atrações para o folião pipoca: Psirico (na sexta); a prévia do Afródomo (domingo); Eva (terça-feira) e três dias do projeto É Massa - quinta, sexta e sábado com as bandas Na Net, Caldeirão e A Bronkka.
Uma parceria do Banco Itaú com a prefeitura vai levar shows de artistas como Nara Costa, Calypso, Tony Garrido, Moraes Moreira e Luiz Caldas para a Praça Castro Alves. Tanto a Nova Schin como a Ambev, alegando questões estratégicas, não revelaram valores de patrocínio.
Aposta - "Estamos experimentando novas e antigas fórmulas. O que não podemos esquecer é que Carnaval é um negócio que gera empregos e renda para a cidade", analisa o cantor Márcio Victor.
Ele diz que é importante estar atento ao folião pipoca. "Aos poucos vamos encontrar o equilíbrio entre o negócio e a diversão do povo", aposta. Já o sócio da Central do Carnaval e diretor dos blocos Camaleão, Nana e Voa Voa, Joaquim Nery, diz que não vê a folia sem cordas como tendência.
"Saulo abriu mão de um dia com corda. O Chiclete tomou uma decisão individual e comercial. Mas às vezes são blocos que não se sustentam e o artista tenta uma solução sem cordas" .
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