ACB fortalece ações de cidadania empresarial e terceiro setor
Confira a coluna ACB em Foco desta quarta-feira

No próximo 17 de julho, a Associação Comercial da Bahia (ACB) comemora o aniversário de 212 anos de sua fundação, ocasião em que dará posse a sua nova diretoria para o biênio 2023/2025. Atuando ininterruptamente para o desenvolvimento socioeconômico da Bahia e do Brasil desde 1811, a entidade pretende agora ampliar as ações de cidadania empresarial, partindo do princípio de que as empresas também são membros responsáveis da sociedade, assim como todos os cidadãos.
Neste sentido, o Núcleo de Cidadania Empresarial e Terceiro Setor é um dos novos mecanismos da ACB, com o propósito de difundir a consciência cidadã participativa transformadora na comunidade empresarial, acompanhando as mudanças de pensamento de uma nova geração de empreendedores que quer ir além dos ganhos financeiros.
Como antecipa a coordenadora do Núcleo, Karine Rocha, mestre em Políticas Sociais e Terceiro Setor e presidente da Comissão Especial do Direito do Terceiro Setor da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB/BA), a ideia é mostrar para os empresários que empreender com investimento social cria impactos positivos para os negócios no Brasil e no mundo. Desta forma, o Núcleo buscará os caminhos para a construção de uma cultura voltada para boas práticas, influenciando as pessoas positivamente em relação a esse modelo baseado na solidez dos seus princípios e valores.
“O Núcleo de Cidadania Empresarial e Terceiro Setor foi criado como um pilar para que os demais Núcleos da ACB atuem, haja vista que, sem o fortalecimento do associativismo, sem pensar em uma filantropia estratégica, a sociedade civil não se capacita para atuar nos avanços das demandas sociais”, pontua Karine.
A coordenadora indica que, dentre os principais objetivos do Núcleo, estão fomentar empresários comprometidos com o desenvolvimento econômico sustentável, atuar nas mais diversas áreas do investimento estratégico apoiando projetos sociais e fortalecer e publicizar as empresas que atuam com responsabilidade social.
“O Núcleo, além das parcerias com diversas outras organizações que representem o segundo setor (mercado), objetiva também um diálogo com o primeiro setor (governo), principalmente o Legislativo, a fim de aprovar projetos de lei que garantam maiores incentivos fiscais para aquelas empresas e negócios que atuam de forma direta complementando ações do Estado, por exemplo. Nossas ações serão alinhadas com a cidadania participativa transformadora, como bem defende o nosso futuro presidente, Paulo Cavalcanti”, complementa a coordenadora.
Como passo inicial para se adequar a essa nova era, Karine propõe uma reflexão: “Quantas das empresas atuais terão coragem de prosperar a partir da maior transformação da história humana, em vez de se tornarem vítimas da degradação ambiental e dos níveis tóxicos da desigualdade social? Como podemos ter negócios com mais propósitos e alinhados com a função social da empresa?”