ACB visa expansão da Economia do Mar na Bahia
Confira a coluna ACB em Foco desta quarta-feira

Em 2014, a Baía de Todos os Santos foi declarada como Capital da Amazônia Azul, a partir da Carta da Baía, lançada pela Associação Comercial da Bahia (ACB) e o Pacto Global da ONU. O estado contempla a maior área costeira do Brasil, com 1.100 km. Estima-se que a economia do mar gera cerca de R$ 80 bilhões por ano na Bahia, correspondente a uma fatia de 20% do PIB estadual.
Diante deste grande potencial econômico, a Marinha do Brasil, por meio do Comando do 2° Distrito Naval e da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), em parceria com a ACB, realizou na última segunda-feira, 7 de agosto, a palestra “Economia do Mar – Cluster Tecnológico Naval”, proferida pelo diretor-presidente da Emgepron, vice-almirante Edesio Teixeira Lima Junior, na sede da ACB.
O almirante apresentou considerações sobre o Cluster Tecnológico-Naval do Rio de Janeiro, que busca criar um ambiente de cooperação e parcerias para agentes econômicos públicos e privados a partir de um espaço de diálogo. Como disse, o propósito é promover uma ampla discussão sobre os desafios para o desenvolvimento e oportunidades da Economia do Mar na Bahia, com a participação de importantes instituições governamentais, empresariais e acadêmicas.
Entre as principais ações para a implantação do Cluster Tecnológico da Bahia, impulsionado pela ACB, estão a identificação dos principais atores e a criação de um plano de ações visando ao desenvolvimento coordenado e sustentável das atividades econômicas relacionadas ao mar no estado.
O conceito de Cluster explora a capacidade competitiva gerada pela cooperação produzida a partir da concentração regional de empresas e/ou indústrias. O processo de estruturação de um Cluster da Capital da Amazônia Azul, tem potencial para gerar efeitos de transbordamento positivo na economia regional (spillovers) ou até mesmos efeitos inesperados como a criação de um novo produto e/ou serviço (spin offs).
Como avalia o coordenador da Comissão de Economia do Mar da ACB e diretor do WWI no Brasil, Eduardo Athayde, pouco conhecida fora das fronteiras brasileiras, até então a BTS era ignorada por investidores e operadores globais reunidos na Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização Mundial do Turismo (OMT). Para transformar esta realidade em bons resultados, a articulação conta com importantes mecanismos como ACB, Marinha do Brasil, Fieb, Senai-Cimatec Mar, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Secretaria do Meio Ambiente da Bahia.
“Desde 2014, estamos conversando e atraindo circuitos nacionais e internacionais que procuram destinos únicos, com potencial para as indústrias naval, náutica e do turismo, com gente miscigenada e festeira, história, culinária acentuada, praias com águas limpas, calmas e mornas, e brisa fresca. Características encontradas mundo a fora, mas nenhum outro lugar pode ostentar o status único de Capital da Amazônia Azul”, destaca Athayde.