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Armando Avena

Por Armando Avena

ACERVO DA COLUNA
Publicado quinta-feira, 15 de junho de 2023 às 5:00 h | Autor: Armando Avena - A TARDE

O crescimento do PIB baiano em 2023

Confira a coluna de Armando Avena desta quinta-feira

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O problema está na indústria de transformação, cuja produção caiu 5%, no 1º trimestre
O problema está na indústria de transformação, cuja produção caiu 5%, no 1º trimestre -

O PIB baiano cresceu apenas 1,1% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Um desempenho inferior ao verificado na economia brasileira, que cresceu 4,0%. Se a comparação for do 1º trimestre do ano em relação ao último trimestre de 2022, o PIB baiano cresceu 0,7%, contra 1,9% de crescimento do PIB brasileiro. Por que isso aconteceu? A agropecuária baiana, por exemplo, registrou um crescimento expressivo de 8,4%, mas nacionalmente o setor cresceu mais de 18%. Há no crescimento nacional um efeito estatístico, pois no último trimestre de 2022, a agropecuária brasileira registrou uma queda de 3%. A base de comparação baixa, elevou o crescimento e na Bahia não aconteceu isso.

Mas foi o crescimento menor da indústria e dos serviços o responsável pela diferença entre o crescimento nacional e o local. O PIB industrial da Bahia está em plena recessão. Caiu 2,4% no 1º trimestre de 2023 em relação a 2022, enquanto no Brasil o setor industrial cresceu quase 2%. E já havia caído outro tanto no último trimestre de 2022. Registrou-se, é verdade, um crescimento da produção física nos últimos meses, mas as exportações caíram muito e isso afeta sobremaneira a indústria baiana fortemente voltada para o comércio exterior. Aliás, a Bahia precisa urgentemente de uma política industrial, tornando-se indispensável que o governo do Estado, as prefeituras de Salvador e Camaçari e a Fieb – Federação das Indústrias do Estado da Bahia estabeleçam um grupo de estudos, uma comissão, o que quer que seja, com o objetivo de traçar linhas de estímulo ao segmento industrial, para estimular as pequenas e médias indústrias. E o problema está na indústria de transformação, cuja produção caiu 5%, no 1º trimestre de 2023, mas já havia caído quase 6% no último trimestre de 2022.

Compondo a indústria, aparece a construção civil que caiu 1,9%, no 1º trimestre de 2023, enquanto em nível nacional crescia 1,5%, e já havia caído cerca de 1% no último trimestre de 2022. O setor deveria estar clamando pela redução nos juros, pois são as taxas escorchantes que estão reduzindo a demanda, especialmente na Bahia, um estado de menor poder aquisitivo, onde tudo tem de ser financiado.

Por fim chegamos ao setor de serviços, que cresceu 1,8%, desempenho também menor que o nacional com incremento de quase 3%. Mas aqui as notícias são melhores, pois o setor vem crescendo há vários semestres consecutivos, recuperando o que perdeu na pandemia. E nesse setor, chamou atenção o comércio baiano, que registrou uma alta de 4,0%, desempenho bem melhor que o nacional que cresceu menos de 2%. Naturalmente, esse desempenho do comércio já reflete a injeção de recursos do Bolsa Família, mas o crédito caro impede um crescimento mais sustentado. Esse é o panorama da economia baiana no primeiro trimestre do ano e a expectativa é que nos semestres seguintes possa haver uma recuperação mais efetiva. Os dados são da SEI.

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