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Armando Avena

Por Armando Avena

ACERVO DA COLUNA
Publicado Thursday, 05 de September de 2024 às 3:00 h | Autor: Armando Avena - A TARDE

O crescimento do PIB no 2º trimestre

Confira a coluna do economista Armando Avena

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Imagem ilustrativa da imagem O crescimento do PIB no 2º trimestre
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Desde maio deste ano, esta coluna afirma que a economia brasileira vem crescendo e os resultados do PIB no 2º semestre de 2024 confirmaram a previsão. O PIB cresceu 1,4% em relação ao 1º trimestre e 3,3% em relação ao 2º trimestre do ano passado. Como a maioria dos economistas brasileiros que atualmente falam na imprensa são ligados ao mercado financeiro, eles erraram suas previsões, pois esperavam uma alta de apenas 0,6%, no máximo de 0,9%.

O resultado mostra a pujança da economia brasileira e, se fosse anualizado – se o resultado se repetisse em todos os trimestres –, o Brasil cresceria 6%, desempenho digno da China. Não se pode anualizar o resultado, mas é possível dizer que ele já garante, por causa da herança estatística, que o Brasil vai crescer, no mínimo, 2,5%, mesmo se houver desaceleração nos próximos trimestres. Como não há qualquer sinal de desaceleração e a economia segue crescendo no semestre que começou em julho, é possível afirmar que o Brasil vai crescer em torno de 3,5% em 2024, pouco menos ou mais. O mercado financeiro e os economistas que a ele atendem já falam em desaceleração nos dois últimos trimestres do ano, mas o crescimento do investimento diz o contrário. A Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 2,1% no 2º trimestre, comparado ao trimestre anterior e cresceu 5,7% quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado. Isso significa que o empresariado brasileiro está investindo forte, e é este investimento que vai garantir o crescimento futuro. Mesmo se houver elevação nos juros, seus efeitos só serão sentidos no final de 2024.

Do lado da demanda, o consumo das famílias, que representa 65% do PIB, cresceu 1,3% e era óbvio que isso ocorreria, afinal, houve aumento da renda, reajuste real do salário-mínimo e a taxa de desemprego vem caindo mensalmente e chegou a 6,8% no trimestre, o melhor patamar dos últimos 10 anos. O consumo do governo também aumentou, mas ele representa pouco na formação do PIB, e o crescimento gera aumento na arrecadação, o que mantém a questão fiscal no mesmo patamar.

Do lado da oferta, o crescimento do PIB está disseminado por todos os setores, com exceção do setor agropecuário que, como já era esperado, registrou redução nas safras de soja e milho. Mas a indústria de transformação cresceu 1,8% em relação ao trimestre anterior e 3,6% em relação ao ano passado. E a construção civil cresceu 3,5% em relação ao trimestre anterior. Já o setor de serviços cresceu 1% e o comércio 1,4%. A tragédia no Rio Grande do Sul, teve impacto mínimo, como, aliás, essa coluna previu, lembrando que em eventos como esses a resposta econômica vem em forma de crescimento com a mobilização total da população e do governo em prol da reconstrução.

Com esses dados, e levando em conta que o PIB brasileiro cresceu 2,9% em 2023, já é possível dizer que, se não houver uma grande crise, a taxa de crescimento média do PIB entre 2023 e 2025 será a maior dos últimos 40 anos.

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