Abia, Abras, CNA, OCB: reforma tributária positiva no agro
Confira a coluna A TARDE Agro deste domingo
A reunião de entidades que compõem o sistema do agronegócio, da produção ao consumidor final, está de parabéns. Entrevistei o economista Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do IBGE, BNDES, especialista em agro, e perguntei qual a opinião a respeito da reforma tributária no agro. A resposta foi: “Um marco histórico, conseguimos desoneração da cesta básica alimentar”.
A Associação Brasileira dos Supermercados (Abras), com o presidente João Galassi, merece um prêmio por desonerar a cesta, o que vai representar bilhões de reais no bolso da população.
Também destaco a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos e Bebidas (Abia), pelo presidente-executivo João Dornellas, que da mesma forma atuou junto ao relator, Aguinaldo Ribeiro, mostrando que os produtos da agroindústria brasileira estão na mesma base de prioridades que frutas, legumes e verduras na dieta do povo.
A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), com o presidente João Martins e técnicos, ao lado do Instituto Pensar Agro (IPA), presidido por Nilson Leitão, com a frente parlamentar da agropecuária, liderada pelo deputado Pedro Lupion, obtiveram a preservação dos agricultores de forma positiva na reforma.
As cooperativas, via Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e o presidente Marcio Lopes, conquistaram segurança jurídica extraordinaria, ao terem no texto o respeito ao ato cooperativo, justa confiança para o futuro, não mais sujeitos a ameaças de terem legítimas conquistas subordinadas a momentos políticos outros.
Rabello de Castro, porém, quando pedi nota para a reforma, deu 5. Reenfatizou ser positivo no sistema do agro, mas criticou a criação do conselho federativo, o que considerou “brutamontes” caríssimo, que pode prejudicar os pontos positivos do texto até aqui.
Também registra, com veemência, que não haverá sucesso da reforma tributária sem uma reforma administrativa, pois como os recursos dos impostos são investidos, significa toda a diferença no bom ou mau uso do dinheiro.
Então, que no Senado e nos próximos dias o texto possa ainda ser aperfeiçoado, que ainda teremos nove anos de gestação até 2033, para o nascimento desse “bebê" que foi concebido semana passada.