Conversei com Humberto Miranda Oliveira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), sobre cinco pontos prioritários de um plano de governo para o agro da Bahia.
1- uma secretaria com todo apoio, recursos para seus profissionais, investimentos em inovação e tecnologias para acompanhar o desenvolvimento agropecuário da Bahia. De fato uma secretária forte.
2- uma reestruturação que fortaleça a Adab - Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, responsável por dar segurança aos alimentos, incluindo segurança sanitária para acessar mercados internacionais. Precisamos do setor de defesa robusto e com todo estímulo.
3- segurança no campo sob um ponto de vista mais amplo. Segurança da propriedade e segurança da vida das pessoas. Existe hoje, segundo o presidente Humberto um problema seríssimo de segurança no campo.
4- uma política pública de desenvolvimento do semiárido baiano, mais de 70% da área territorial do estado está dentro do semiárido. Nós temos um dos um semiáridos mais chuvosos do mundo. E também temos a maior a população rural do Brasil com os piores índices sociais. Por isso uma discussão ampla de políticas públicas com tecnologia e assistência técnica, qualificando mão de obra é fundamental para o semiárido baiano virar um celeiro da Bahia e do Brasil.
5- infraestrutura, falando de estradas, das nossas rodovias que muitas estão em condições intransitável, das estradas vicinais também, e uma logística competitiva. Idem na energia elétrica vital para a conectividade.
Esses são os 5 pontos vitais, que me foram apresentados pelo presidente da FAEB. A entidade já está preparando um documento pra entregar aos candidatos à governador do estado, e irão realizar uma rodada de discussões com todos dentro da Federação da Agricultura. Deve iniciar agora 24, e assim com próximas datas que serão divulgadas.
É muito importante que a sociedade civil organizada tenha proposta de planos. Discuta com todos os candidatos, para que na hora do voto haja forte cunho de racionalidade e de compromissos.
O agro brasileiro precisa de um planejamento estratégico de longo prazo. E cabe a cada estado ter um foco sobre aquilo que é vital a constar nos planos dos governos.
Que a Faeb tenha ótimas reuniões com todos os setores políticos e suas equipes.