Soja, florestais, algodão, sucesso da Bahia na exportação
Confira a coluna desta segunda, 30
O Brasil, em 2022, cresceu em 32%, o total das suas exportações no agronegócio. Atingimos US$ 159 bilhões. A Bahia cresceu mais de 27,5% em 2022 sobre 2021, atingindo US$ 6,37 bilhões.
E dentro deste volume, o sistema do agronegócio da soja foi o campeão, significando mais de 53% do total exportado. O ramo dos produtos florestaistambém cresceu mais de 19%, significando quase 20% do total das exportações da Bahia. E o algodão, as fibras produtos têxteis, também crescendo mais de 14% comparando 2022 x 2021, representando em torno de 13% do complexo abro baiano da exportação.
A taxa elevada do dólar, com as crises internacionais da pandemia e da guerra na Europa, elevaram o valor das commodities e geraram um clima de insegurança e desconfiança nas cadeias produtivas, com aproveitamento positivo para as exportações do agronegócio brasileiro. Vale aqui, porém, um alerta clássico e sagrado para todas as cadeias produtivas que receberam ciclos de elevação dos preços, para o que chamamos a “pororoca“ cíclica.
Significa, quando os mercados amainarem, as commodities voltarem às suas bases históricas ou por adequação entre oferta e demanda, ou por substituição ou inovações científicas, haverá a diminuição dos preços recebidos, porém ainda com custos que, da mesma forma, também explodiram nos últimos 3 anos.
Essa “pororoca“ no choque entre menores preços recebidos x uma corrente ainda presente de custos altos pode trazer graves prejuízos para as cadeias do agro e produtores rurais despreparados em gestão de caixa, finanças, e que não investiram em inovações produtivas, rentáveis e sustentáveis.
Portanto, épocas de ciclo alto nas vendas se preparem para épocas de ciclos baixos, crises e dificuldades. Quem estiver preparado para as baixas cíclicas da economia vai crescer. Quem estiver despreparado pode perecer.
E, Bahia, fique de olho em dezenas de oportunidades em produtos onde temos vocação e podemos dobrar de tamanho a curto prazo, como nos “frutos do sertão“, pescados, cacau, café e as maravilhosas frutas e hortaliças com todo aproveitamento agroindustrial, artesanal, cooperativista e gastronômico turístico.