Coluna apresenta registros sobre a Festa da Boa Morte em Salvador
A comemoração na capital baiana ocorria na Igreja da Barroquinha. Em 1935 aconteceu a última edição do evento
Cleidiana Ramos
Amanhã, sábado, 13, começa a
Festa de Nossa Senhora da Boa Morte em Cachoeira. A comemoração realizada pela Irmandade da Boa
Morte, formada exclusivamente por mulheres negras, é reconhecida como bem
cultural do Estado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
(Ipac). A celebração em Cachoeira atrai visitantes de várias partes do mundo. Mas Salvador até 1935 já sediou uma comemoração
em homenagem a Nossa Senhora da Boa Morte. A festa era realizada por uma devoção
sediada na Igreja da Barroquinha. A associação era composta apenas por mulheres como em Cachoeira.
Sobre essa festa em Salvador não
há muitas informações, além do que foi escrito em trabalhos de Pierre Verger,
Odorico Tavares e João da Silva Campos, dentre outros. Mais recentemente, Renato da Silveira, doutor
em antropologia e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) contou mais
sobre a atuação dessa devoção no contexto da Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Martírios
que era a proprietária da igreja em seu livro O candomblé da Barroquinha..
Na coleção das edições de A TARDE há três valiosas citações sobre a Festa da Boa Morte em Salvador. Esses dados estão em publicações de 1913, 1917 e 1919 e são importantes documentos para enriquecer as informações sobre as heranças culturais afro-brasileiras.
Esse é o tema de A TARDE Memória dessa semana. O projeto é multimídia com inserções em canais do Grupo A TARDE: A TARDE FM (às sextas-feiras); Portal A TARDE e Jornal A TARDE (aos sábados). O conteúdo da coluna é baseado no material que forma o acervo do Cedoc A TARDE.