Realização da Eco 92 e do projeto Verde Trem completam 30 anos

Cleidiana Ramos

Em 1992, o Rio de Janeiro foi a sede da II Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Este evento também chamado de Eco-92 e Rio-92 trouxe para a discussão sobre Meio-Ambiente outras abordagens especialmente no relacionamento entre países por meio de documentos como a Agenda 21.

A programação da conferência realizada de 3 a 14 de junho incluiu atividades paralelas como o Fórum Global e eventos que tiveram o objetivo de chamar a atenção sobre a importância da Eco-92. Um destes foi o Verde Trem, uma viagem com trajeto iniciado na Bahia e que passou por Minas Gerais até chegar ao Rio.

O Verde Trem começou a partir de uma ideia do arquiteto José Augusto Saraiva, que era do Grupo de Recomposição Ambiental (Gérmen). Essa organização da sociedade civil uniu-se ao Movimento Trem de Ferro para concretizar a viagem. Saraiva (na foto à direita) faleceu no ano passado.

A ação ganhou visibilidade por chamar a atenção sobre o erro cometido pelo Estado brasileiro ao desativar o transporte de passageiros por linha férrea nos trajetos entre estados e municípios. Além de mais econômico do ponto de vista da manutenção, o trem é um tipo de transporte que não provoca poluição na atmosfera. Por onde passou o Verde Trem foi recebido com festa.

O projeto Verde Trem mobilizou ambientalistas e artistas, como o compositor Gilberto Gil. A TARDE enviou a equipe formada pela repórter Berna Farias e pela repórter fotográfica Rejane Carneiro que registraram os detalhes sobre essa iniciativa dia a dia.

Os 30 anos da viagem e a sua importância dentro do grande evento que foi a Eco-92 está sendo comemorada pelos participantes do projeto com atividades como um grande encontro ocorrido no último dia 28. As atividades estão resgatando lembranças e tem até logomarca oficial.

A Eco-92 com destaque para o Verde Trem é o tema da edição de A TARDE Memória nessa semana. Este projeto tem inserção nos canais do Grupo A TARDE como este portal, A TARDE FM (às sextas-feiras) e jornal A TARDE (aos sábados). O conteúdo é baseado no material que forma o acervo do Cedoc A TARDE.