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Coluna do Tostão

Por Tostão

Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina
ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 27 de outubro de 2024 às 6:00 h | Autor:

Falsos e verdadeiros

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Vinicius Junior deve receber, merecidamente, o premio de melhor do ano, do mundo
Vinicius Junior deve receber, merecidamente, o premio de melhor do ano, do mundo -

Botafogo e Atlético-MG devem fazer a final da Libertadores, mais uma demonstração da superioridade dos times brasileiros em decorrência da grande diferença financeira. Os melhores jogadores de outros países sul-americanos estão na Europa e os logo abaixo atuam no Brasil.

Botafogo e Atlético-MG estão muito bem. O Botafogo, líder também do Brasileirão, pelo menos até ontem, une força física, velocidade, capacidade de atacar e defender com muitos jogadores com o talento individual. Os quatro mais adiantados (Igor Jesus, Savarino, Almada e Luís Henrique) fazem parte das seleções de seus países. O trabalho do técnico português Arthur Jorge é excelente.

O Atlético-MG melhorou bastante quando o técnico Gabriel Milito acertou no posicionamento e na escalação dos três defensores. Os alas Arana e Escarpa são excepcionais nos cruzamentos. Hulk e Paulinho formam uma excelente dupla de ataque que pode se tornar um trio após a ótima atuação de Deiverson junto aos dois na vitória sobre o River Plate. Milito tem as duas opções de acordo com o adversário, pois ás vezes precisa ter um terceiro jogador no meio campo mais criativo para atuar à frente dos dois volantes.

Na Copa Sul-americana, os empates de Cruzeiro e Corinthians levaram as decisões para a Argentina. Cruzeiro e Lanus fizeram uma partida muito ruim. O Cruzeiro perdeu a movimentação, a marcação que tinha sob o comando de Seabra e ainda não incorporou qualidades de Fernando Diniz, como a aproximação, a troca curta de passes e o envolvimento do outro time.

Corinthians e Racing fizeram um jogo agradável com quatro belíssimos gols. O erro do técnico Ramon Dias, ao trocar no segundo tempo um jogador de meio campo por um atacante por causa de uma contusão, foi menos importante do que as virtudes do time argentino.

Treinadores de todo o mundo costumam, principalmente quando jogam em casa, colocar mais atacantes, movidos por impulsos e para mostrar que são ousados, o que agrada a maioria e não por necessidades das equipes. Quando perdem são criticados. Quando ganham são elogiados.

O meio de semana foi repleto de grandes lances e de belas partidas. Na Liga dos Campeões, Vinicius Junior e Raphinha marcaram, cada um, três gols. Amanhã, Vinicius Junior deve receber, merecidamente, o premio de melhor do ano, do mundo. O protagonismo mundial dos dois jogadores, a evolução de vários outros como Estevão, a provável volta, em forma, de Neymar criam uma esperança de que o Brasil possa formar uma grande seleção até a copa, mesmo sem ter jogadores especiais no meio campo, nas laterais e na posição de centroavante.

Para isso ser possível, é necessário também melhorar a maneira de jogar, ter um time mais compacto, sem deixar grandes espaços no meio campo.

Típicos centroavantes, ótimos finalizadores, são importantes, o que não significa que sejam sempre essenciais. Os centroavantes que se movimentam bastante, participam do jogo coletivo, dão excelentes passes para gols e finalizam muito bem, são mais completos. O inglês Kane e outros seriam chamados no Brasil de falsos 9, um nome bastante inapropriado, pois são verdadeiros, autênticos e transparentes.

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