Concursados que voltam a disputar uma vaga (3)

No final do texto anterior afirmei que iríamos continuar sanando as dúvidas dos concurseiros que estão ressurgindo. Que fique claro que o que está ressurgindo são os concurseiros. É nítido o fato de muita gente já ocupante de cargo ou emprego público estar voltando a buscar uma aprovação. Hoje não temos mais tantos termômetros como eram as salas de aula. Determinadas cidades brasileiras, que chegaram a ter vinte cursos presenciais funcionando ao mesmo tempo, alguns bem grandes, hoje contam com três ou quatro. As razões já foram expostas em texto anterior. De qualquer maneira, a movimentação nas redes sociais é notável, e permite que seja constatada a realidade.

Para sanar as dúvidas daqueles que renascem no cenário da disputa, depois de alguns anos trabalhando no setor público, é preciso analisar alguns aspectos, como por exemplo: 1) Por que determinado cidadão, depois de ser aprovado, e sabendo que havia cargos melhores a conquistar no mesmo campo, parou de fazer concurso? Teria ele encontrado alguma oportunidade fora do serviço público, e pretendia permanecer no cargo apenas enquanto se estruturava para migrar para a iniciativa privada? Teria, por outro lado, cansado de estudar? Ou fez outras tentativas e não obteve o êxito pretendido, tendo preferido então se acomodar? Ou, ainda, teria ele em determinado momento acreditado que os concursos estavam suspensos (essa é a mais comum)? Em alguns casos, pode até o concurseiro ter chegado à conclusão de que não poderia continuar investindo recursos, diante do alto custo da preparação para outros cargos.

As duas últimas hipóteses precisam contar com uma certa “boa vontade” do cidadão, para que ele tome a decisão errada, no sentido de parar de buscar novas aprovações. Primeiro que mesmo com a imprensa martelando que os concursos estão suspensos, os diários oficiais e as páginas especializadas continuam publicando os editais normalmente. E isso é o que importa. Essas são as principais fontes de informações dos que se interessam por concurso. Jornais e páginas de notícias comuns são feitos para o mercado financeiro ler e se acalmar. A realidade é que a mão de obra do serviço público precisa ser reposta, mesmo que para muitos isso pareça ser aumento de despesa.

Em segundo lugar, quem chega à conclusão de que deve parar de fazer concurso, mesmo depois de uma ou mais vitórias, sob o argumento de que não tem dinheiro para gastar, está ignorando as inúmeras possibilidades de economizar, e muito, na preparação, bem assim de aproveitar a gratuidade de diversos materiais e serviços, especialmente os disponíveis na internet.

Na continuação deste tema iremos relembrar alguns aspectos relevantes da preparação, ficando na economia, que muitas vezes deve ser priorizada, e iremos tratar também dos primeiros passos que devem ser dados para uma boa retomada da luta pela aprovação.

Tenham certeza de que quem já foi aprovado está alguns passos à frente de quem começa agora, mas pode perfeitamente ser superado, caso repita os erros que não foram percebidos apenas por não terem impedido a sua aprovação.