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Concurso Público

Por [email protected] | Foto: Divulgação | Freepik

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 01 de setembro de 2019 às 12:50 h | Autor: [email protected] | Foto: Divulgação | Freepik

Concurso público é uma maratona?

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Nos concursos o mais importante não é a classificação, e sim “estar dentro”
Nos concursos o mais importante não é a classificação, e sim “estar dentro” -

É muito comum vermos esse tipo de comparação, associando a disputa por uma vaga no serviço público à dolorosa e cansativa tarefa de correr uma maratona, modalidade esportiva em que os participantes têm que percorrer a distância de 42.195 quilômetros. Pela dificuldade natural, já que se trata de algo bem acima das possibilidades de uma pessoa comum, o simples ato de percorrer a distância até o final já pode ser vista como uma vitória.

Diríamos, então, que o concurso é uma empreitada mais difícil, já que competir não é o que se busca, e sim a aprovação e convocação? De forma alguma. Veremos, a seguir, que é exatamente o oposto.

Uma tarefa que consiste em um sacrifício tão extremo, a que poucos seres humanos se submetem, não pode ser comparada a algo que atrai milhões de brasileiros, e que resulta em tantos casos de sucesso.

A imagem de uma maratona já provoca, para quem não é desportista, um certo cansaço. Para constatarmos o quanto é desproporcional a comparação, basta que vejamos quantas das pessoas que conhecemos estão dispostas a correr uma maratona, e quantas são servidoras concursadas. Observem que estou colocando de um lado a simples participação em uma tarefa, e do outro a vitória (aprovação e posse).

Se formos comparar o concurso público com uma atividade esportiva, o que mais se aproxima da sua realidade é um campeonato de futebol, com a regra de pontos corridos, em que cada equipe é um concurseiro. Há, no entanto, algumas diferenças consideráveis. Primeiro que qualquer pessoa pode disputar vários campeonatos ao mesmo tempo, e, segundo, que aquela equipe que se encontra classificada nas últimas posições da tabela, por possuir poucos pontos, pode perfeitamente se tornar campeã, juntamente com outras concorrentes. Isso não aconteceria no futebol. Tomemos uma hipótese para ilustrar a comparação. Se uma equipe, em dez rodadas do campeonato, sofreu 8 derrotas, algumas por goleadas, e empatou uma vez, mas finalmente conseguiu uma suada vitória de um a zero, estará provavelmente em último lugar na tabela, mas, se a mesma história acontecesse com um concurseiro, ele estaria aprovado, não importando o histórico dos jogos anteriores.

Muitos pensarão que este exemplo está fora da realidade, mas basta que observemos o que acontece no dia a dia para tomá-lo como perfeitamente factível. Nos concursos, ademais, podemos escolher o adversário do próximo jogo. Não somos obrigados a participar de uma disputa em que as chances de vitória são mínimas. No campeonato não há essa possibilidade de escolha. Vale aqui ressaltar que o adversário na maioria das vezes não é a prova, e sim o conjunto de concorrentes.

Nos concursos o mais importante não é a classificação, e sim “estar dentro”, se considerarmos apenas os empossados, já que a posse é o objetivo de todos. Na continuação deste tema iremos aproveitar a comparação com a maratona, que tem afastado tanta gente de participar dos concursos, para sugerir outra comparação e a adoção de condutas que podem aproximar o concurseiro da aprovação.

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