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Esporte A TARDE

Por Angelo Paz | Jornalista | [email protected]

ACERVO DA COLUNA
Publicado sexta-feira, 03 de setembro de 2021 às 6:02 h | Autor:

Resenha rubro-negra - Decepção pra todo lado

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Diante de tantos acontecimentos na Toca e fora dela, confesso que fica difícil definir um único tema da semana sobre o Vitória para discorrer aqui na coluna. Além da frenética turbulência política e também da pífia campanha na Série B, um outro tema se tornou bastante recorrente no último mês. Uma leva de ex-jogadores e até atleta do atual elenco, como é o caso do volante Gabriel Bispo, acionaram o Vitória na Justiça do Trabalho.

A lista contempla Nickson, Baraka, Maurício Ramos, Lucas Cândido... e por aí vai. No total, são 11 cobranças que envolvem salários atrasados e o não recolhimento do FGTS. Por falar no Fundo de Garantia do Tempo de Serviços, o clube não faz depósito dos colaboradores (exceto atletas) desde 2019. O total do débito chega a cerca R$ 1,5 milhão.

Não custa reforçar que o não pagamento do FGTS pode gerar multa ao Rubro-negro, que também corre o risco de ser excluído do Profut. O Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro concede parcelamento de impostos devidos à União em até 20 anos, além de reduzir 70% das multas, 40% dos juros e 100% dos encargos legais.

Em relação aos meses de maio, junho, julho e agosto deste ano, o Vitória tem o respaldo da lei, uma vez que uma Medida Provisória (MP 1046/2021) decretada pelo Governo Federal no final de abril permite ao empregador a possibilidade de suspender o recolhimento do FGTS em razão da crise financeira por conta da pandemia.

E num ambiente financeiro tão caótico, é de se imaginar que as dívidas do clube não se limitem a jogadores e funcionários. O Bahia de Feira, por exemplo, que até hoje não recebeu o os cerca de R$ 700 mil referentes à transferência de Gabriel Bispo, ingressou com uma ação na Câmara Nacional de Resoluções e Disputas (CNRD) da CBF. Caso seja punido, o Vitória corre o risco de ficar impedido de realizar novas contratações, como no ano passado.

De possibilidade para algo concreto. Acionado na Fifa pelo atacante Jordy Caicedo, que deixou o clube em litígio no início de 2021, o Vitória foi condenado a pagar R$ 4 milhões. Em fevereiro, o equatoriano pediu a rescisão contratual junto à entidade máxima do futebol e assinou contrato com o CSKA Sofia, da Bulgária.

Como percebeu, confusão financeira é o que não falta no atual Vitória, que luta para fugir da zona de rebaixamento da Série B, situação que persegue a equipe mesmo com a leve melhora após a chegada do técnico Wagner Lopes, invicto até aqui, com uma vitória e três empates em quatro jogos. Apesar de não perder há cinco jogos, os quatro empates dessa sequência são a cara de um time que só somou 31% dos pontos que disputou até aqui, sendo a equipe que mais empatou no campeonato: 11 no total.

Excesso de empates e falta de vitórias. Assim pode bem ser resumido esse Leão, que terminou a 21ª rodada como o segundo time que menos venceu na Série B, com as mesmas três vitórias do lanterna, Confiança. E nenhuma delas conquistada fora de casa, onde fez 10 jogos e somou apenas seis pontos: quatro derrotas e seis empates, o último deles com o Náutico, no último domingo, no Recife.

Retrospecto nada animador para a partida de amanhã, contra o Operário. Por incrível que pareça, o favoritismo para a partida é do clube paranaense, que faz uma campanha competitiva: iniciou a rodada na nona colocação, apenas três pontos distante do quarto colocado, Botafogo. Esse era o mínimo que podíamos esperar do Vitória, que por mais um ano decepciona dentro e fora de campo.

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