Democrático, o vinho tem despertado cada vez mais interesse
Sommeliers dão dicas para que iniciantes possam apreciar melhor o vinho, seus sabores, aromas e texturas

Chegou o inverno e, com ele, um friozinho gostoso, perfeito para desfrutar de um bom vinho. Essa bebida democrática vem despertando. cada vez mais, o interesse de pessoas ao redor de todo o mundo. No Brasil, aproximadamente 23 milhões de litros de vinho foram comercializados entre janeiro e outubro do ano passado, representando um aumento de cerca de 11% no consumo em comparação ao mesmo período de 2020, de acordo com a União Brasileira de Vitivinicultura (UVIBRA).
Rogério Matos, sommelier e sócio do gastrobar Ser Vinno, acredita que alguns fatores contribuíram para o maior interesse dos brasileiros pelo vinho, e destaca que a pandemia reforçou esse interesse pela bebida.

"Passamos a produzir vinhos de boa qualidade, o que tornou o acesso ao vinho mais fácil para pessoas de todas as classes sociais. Hoje em dia, temos inúmeras importadoras de vinhos que oferecem opções para todos os gostos e bolsos. No Brasil, de 2020 para 2021, cada pessoa passou a consumir de um a dois litros de vinho e a pandemia reforçou esse interesse", explica.
Esse crescente interesse pode ser observado também no cinema, que tem abordado o tema com mais frequência. O clássico "Sideways" é um dos grandes exemplos, sendo considerado um dos melhores películas sobre vinho. O filme "Notas de Rebeldia" aborda questões relacionadas ao aprendizado para se tornar um sommelier. Existem também ótimos documentários, como "Wine for the Confused", que trata do assunto para iniciantes.

Desfrutar de um bom vinho e saber como apreciá-lo é uma arte que demanda interesse e tempo de aprendizado. Os especialistas concordam que os iniciantes não devem ter pressa para se aventurar no mundo dos vinhos. Aos poucos, é possível aprender a amar mais o vinho e adquirir conhecimento sobre a bebida mais charmosa do planeta.
Com uma carta de vinhos diferenciada e mais de 130 rótulos em seu portfólio, a preços acessíveis, a Ser Vinno, localizada no Caminho das Árvores, em Salvador, oferece ótimas dicas sobre como saborear e degustar um bom vinho, com sugestões do sommelier Rogério Matos.
"Uma pessoa que nunca experimentou um vinho tinto poderia começar com um Merlot, um Pinot Noir francês ou um Tempranillo. São vinhos que possuem acidez e taninos baixos. Dessa forma, a pessoa começa a perceber melhor o sabor do vinho. O Tempranillo é um pouco mais adocicado, mas não é uma uva doce. Para quem está começando, é melhor evitar um Cabernet Sauvignon ou um Syrah, pois são uvas que geralmente resultam em vinhos com alta acidez e taninos elevados", explica.
Já a sommelièr Scheila Bulhões da Adega GranVino, em Vitória da Conquista, também dá dicas bem interessantes e diz que é melhor ir "devagar com o andor" quando se trata de aprender a degustar a bebida do Deus Baco, principalmente para quem está em um processo de transição, saindo do vinho mais leve e doce para o vinho seco.
"O interessante é experimentar primeiro um exemplar produzido a partir da casta Pinot Noir, pode ser um do novo mundo ou mesmo um Lambrusco amabile italiano. O Beaujolais, vinho elaborado a partir da uva Gamay, é uma opção bacana, e depois um Pinotage, uma uva sul-africana desenvolvida em 1925 do cruzamento de Pinot Noir e Cinsault. E daí crescendo nesta linha", sugere.
O vinho pode ser tinto, com uma uva com mais tanino, ou branco; pode ser feito com uma única variedade de uva, chamado varietal, ou com uma mistura delas, chamado blend. O fato é que a Ser Vinno trabalha com uma curadoria para um público eclético, mas busca acolher a identidade do paladar de cada consumidor.

Quem visitar o gastrobar Ser Vinno não precisa ser um especialista no assunto ou ter experiência com vinhos. O iniciante que quer aproveitar o friozinho e despertar a vontade de degustar um vinho pode contar com muitas sugestões.
"Eu faço uma curadoria para o gosto geral, para pessoas que gostam de vinho forte, as que gostam de vinhos com muita acidez ou aquelas que gostam com pouco tanino, com teor alcoólico alto ou com teor alcoólico baixo. Vai depender muito da curadoria da pessoa", conta.
Não existe o melhor vinho ou o bom vinho. O bom vinho é aquele vinho que agrada
Para Matos, o bom vinho é aquele que agrada. "Não existe o melhor vinho ou o bom vinho. O bom vinho é aquele vinho que agrada ao consumidor. Eu tenho um gosto, você tem outro gosto, é igual a perfume, ao cheiro de perfume, cada um tem o seu", declara.
Considerada uma parte sensível quando se trabalha com vinhos, a harmonização da gastronomia com a bebida é uma arte.



Para Rogério Matos, além de poder experimentar e aprender sobre vinhos, os amantes da bebida têm a oportunidade de apreciar a gastronomia, que deve ser especialmente pensada para harmonizar com a bebida. Uma tábua de frios diversificada, tapas, massas, carnes vermelhas e frutos do mar são ótimas opções para se degustar um vinho.
Agora é só escolher um petisco delicioso para desfrutar de um bom vinho!

NOTA COM HISTÓRIAS & SABORES
Outback apresenta festival de novos pratos com releitura de itens clássicos do menu

Os festivais de música ganharam o gosto do público e, na versão do Outback Steakhouse, a mesa é o palco e os pratos são as atrações principais. Para entrar nesse clima de celebração, o restaurante de temática australiana lança novos itens que exploram uma nova jornada de sabores pelo seu menu: um prato principal com a icônica Ribs em formato inusitado e inédito, com dois acompanhamentos; um burger de carne de 200 gramas, com uma explosão de sabor de Catupiry® Original empanado, e um trio com as sobremesas de chocolate do Outback reunidas, dentre outros grandes sabores do espaço gastronômico mais badalado da cidade. O Outback Steakhouse possui 150 restaurantes no Brasil e está presente em 59 cidades, 19 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Bicentenário da Independência é celebrado com prato multiracial

O bicentenário da Independência tem inspirado nossa cozinha baiana. A empresária e chef de cozinha Takuyra Costa decidiu oferecer o prato aos seus clientes do Boteco do Viajante, no dia 2 de Julho, para celebrar o Bicentenário da nossa Independência. A moqueçoba tem como base as folhas da mandioca, as carnes, como na feijoada, e o azeite de dendê, o que a torna a mais “sincrética” manifestação culinária das nossas raízes indígenas, africanas e portuguesas. Na Moqueçoba, se adiciona o dendê para poder oferecer ainda mais diversidade de sabores e resgatar a tradição. O Boteco do Viajante fica na Rua Maciel de Baixo, 15, Pelourinho.
Com cozinha autoral e incentivo à agricultura familiar, Coco Pimenta é destaque em Itacaré

Os sócios Léa Baptiston e José Brugiolo vieram de São Paulo e inauguraram na Costa do Cacau, em Itacaré, o Coco Pimenta Gastrobar, um dos maiores e mais respeitados restaurantes de cozinha autoral da região. O estabelecimento tem seus pratos assinados pelo chef paulista Oswaldo Almeida e a carta de drinks assinada pelo mixologista Kleiton Martins. Entre os destaques da casa estão a Carbonara à Baiana, uma releitura da massa italiana preparada com carne de fumeiro, telha de parmesão e redução de mel com cacau. O Coco Pimenta Gastrobar fica localizado na Travessa Castro Alves, na Praça Santos Dumont,centro de Itacaré. O estabelecimento funciona diariamente, exceto na terça-feira, das 18h às 23h.