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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado quinta-feira, 04 de abril de 2024 às 0:00 h | Autor:

A oposição chia sobre pedidos de empréstimo, mas vai ter muito mais

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Imagem ilustrativa da imagem A oposição chia sobre pedidos de empréstimo, mas vai ter muito mais
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A oposição está esperneando com os sucessivos pedidos de empréstimo do governo Jerônimo, anteontem mais um de R$ 400 milhões, segundo o deputado Robinho (UB), totalizando seis em apenas 15 meses, algo em torno de R$ 4,1 bilhões.

— Não entendo essa lógica. Tantos empréstimos e as contas estão equilibradas.

E realmente, parece estranho, mas para quem acompanha a lógica do jogo político baiano, é muito simples explicar.

Rui Costa como governador comeu o pão que o diabo amassou nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Nos dois, empréstimo zero. ‘Foi ruim, porque obra significa emprego’, como ressalva o secretário da Fazenda, Manoel Vitório. Em compensação, Jerônimo herdou o lado bom, um estado com baixo nível de endividamento.

No prelo —Pela lei, a Bahia pode dever até 200% da receita corrente líquida. Mesmo contabilizando os últimos só deve 36%, com a ressalva: são dívidas de longo prazo, fáceis de pagar.

Para se ter ideia do potencial baiano, São Paulo deve hoje 128% da receita, Minas Gerais 168%, Rio de Janeiro 185% e Rio Grande do Sul 188%.

Talvez por isso Jerônimo, que ontem fez aniversário (59 anos), estava em Brasília com os governadores do Nordeste reunidos com o ministro Fernando Haddad (Fazenda), renegociando as dívidas dos Estados em situação muito cômoda.

Os estados devem R$ 740 bilhões. São Paulo, Minas, Rio e Rio Grande do Sul juntos totalizam R$ 600 bilhões.

Colaborou: Marcos Vinicius

O mundo político vive os dias do ‘pula-pula’ de olho nas urnas

Foram pouquíssimos os deputados ontem na Assembleia. Por que, se Jerônimo estava em Brasília? Amanhã acaba o prazo de filiação partidária para quem quer se candidatar em outubro e o mundo político está em ebulição.

O xis da questão é o ajuste de chapas para vereadores, este ano com novas regras, que enxugam bastante as alternativas. Grande parte não aceita entrar em partidos que já tenham vereadores com mandato.

Comentando o assunto ontem, o deputado Zé Raimundo (PT), um dos poucos presentes na Alba, disse que isso é fruto da nossa conjuntura política.

— É a falta de partidos ideológicos, em que as pessoas se agregam por defenderem princípios comuns. No interior isso é bem pior. Espero que os que estão no PT e os que estão chegando entendam isso.

A maioria dos deputados está no apoio aos aliados.

A vantagem da máquina

Do deputado estadual Luciano Araújo, presidente estadual do Solidariedade, sobre a saída do partido do ex-vereador em Salvador, Adriano Meirelles, que se filiou ao PSDB.

— O momento é de pula pula e quem está com a máquina (no caso, Bruno Reis), leva muita vantagem. E no mais, vida que segue.

Adriano era muito ligado a Luciano, com quem estava, com frequência, na Assembleia. A mudança foi uma surpresa.

Débora Régis, PDT e UB no fogo amigo em Lauro

E a vereadora Débora Régis, a líder nas pesquisas da disputa pela Prefeitura de Lauro de Freitas, vai mesmo trocar o PDT pelo UB de ACM Neto? O dia ontem foi de intenso tititi dentro e fora da oposição. Dentro, é fogo amigo, fora são os adversários vibrando com o circo queimando. Pontos-chave:

1 — PDT e UB são aliados na política estadual. A vice de Bruno Reis em Salvador, Ana Paula, é filiada ao PDT.

2 — Débora é o principal ativo do PDT este ano e o deputado federal Félix Mendonça, presidente estadual do partido, admite que rompe em Lauro e ‘pode arranhar’ as relações no Estado.

3 —Rosalvo, o candidato do PT apoiado pela prefeita Moema Gramacho, já procurou o PDT.

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