A ponte também está na espera de Momo passar. Há pendências
Confira a coluna de Levi Vasconcelos deste domingo
Na era de Rui Costa, João Leão, vice-governador e secretário do Planejamento, tinha lugar de fala top em matéria de ponte Salvador-Itaparica. Era o grande articulador e até gerava ciúmes no entorno de Rui. Hoje fora do governo após o rompimento do PP, diz que as pendengas políticas não mudaram as suas convicções.
— É um grande projeto, o projeto que vai reconfigurar o mapa econômico da Bahia. Vamos integrar a Região Metropolitana de Salvador, 76% do PIB baiano, ao lado de lá, a partir de Itaparica, que é 0,4%. A pandemia atrapalhou, mas agora travou porque o governo não tem sabido lidar com a questão.
Na semana passada, o pessoal do Consórcio Chinês iniciou tecnicamente as obras com o começo das sondagens em terra, na ilha e em Salvador. Sinal de que os chineses sinalizam a disposição de seguir, mas a questão a resolver é o preço.
Inevitável —Antes da pandemia o valor estimado a ser desembolsado na ponte era de R$ 7,6 bilhões. Agora, Jerônimo chegou a falar num preço de R$ 13 bilhões. Foi mal informado. Achou-se um exagero e o preço está sendo rediscutido. Estima-se que vai ficar aí por volta de menos de R$ 10 bilhões.
Mas Leão ressalva que embora os contratempos turbinem a falácia dos incrédulos, a ponte é inevitável.
— A pressão da economia baiana pelo aprimoramento da logística é forte e justa.
Isso vai do agronegócio ao cidadão comum. Em 2013 a frota baiana era de 2,8 milhões de veículos, hoje é de 4,8 milhões. A BR-324 engarrafa todo dia.
Margareth, a ministra, falou com Lula para cair na folia
Ausente do Carnaval de 2023, pouco mais de um mês depois de ter assumido o Ministério da Cultura, Margareth Menezes, segundo amigos próximos, este ano não resistiu e consultou Lula sobre a possibilidade de entrar na folia. A resposta dele:
— Vá.
Margareth já se apresentou anteontem, mas o momento maior será no Trio da Cultura, no próximo sábado, no circuito Barra-Ondina, ao lado de Gilberto Gil e Chico César, já anunciados, e talvez uma boa surpresa, Caetano Veloso.
David Terra, secretário de Cultura de Nilo Peçanha e presidente do Fórum Estadual de Gestores Municipais de Cultura da Bahia, amigo de Margareth, diz que ela já se consagrou como artista e agora busca o galardão como gestora da Cultura:
— No primeiro momento a luta foi pela recuperação dos espaços perdidos.
Tempo quente após as chuvas
O pessoal da Chapada Diamantina não tira o olho do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A semana passada foi marcada por chuvas intensas, tempestades e fortes ventos, mas para este fim de semana a previsão é da volta das altas temperaturas. Jurandir Mineiro, guia turístico em Mucugê, faz uma ressalva:
— A vantagem é que as cachoeiras estão cheias. Esperamos que os incêndios não voltem também.
‘Já fui, Banda Mel’. Ainda bem que o bordão voltou
Já dizia ACM, de insubstituíveis os cemitérios estão cheios, mas os inigualáveis existem e vivem sempre. É o caso da Banda Mel, 40 anos de estrada. Agora volta ao Carnaval, mas nunca saiu, com músicas que marcaram, como Baianidade Nagô e Prefixo de Verão. Márcia Short, que divide com Robson Morais o estrelato da segunda formação, resume o caso:
— A volta da Banda Mel é respeitar um passado que ainda é presente, mas pensando no futuro.
Perfeito. Diz jornalista feirense Kelmo Bernardes, 51 anos, amigo do grupo desde os anos 90, quando a Banda Mel marcou época na micareta de Feira:
— Sem dúvida é uma promessa de sensação no Carnaval. Eles criaram até o bordão ‘Já fui, Banda Mel’. A cultura baiana agradece.