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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado terça-feira, 27 de dezembro de 2022 às 6:00 h | Autor:

Agora vai ser enchente todo ano? Que o clima desregulou, isso é certo

Rio de Contas provocou enchentes gigantescas em Ipiaú, com 60% da cidade inundada

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Ipiaú: com 60% da cidade alagada, falta água potável
Ipiaú: com 60% da cidade alagada, falta água potável -

Filho de Ipiaú, para onde voltou e lá está, o jornalista José Américo Castro, hoje também assessor da Prefeitura, conta algumas coisas interessantes sobre as enchentes do Rio de Contas na cidade, como a atual.

1 — Só em duas ocasiões, o Rio de Contas provocou enchentes gigantescas em Ipiaú, com 60% da cidade inundada, em 1914 e 1964.

2 — Na enchente de agora, o Rio de Contas exerce tanta pressão que o Rio Água Branca, o outro rio que corta a cidade, está fluindo ao contrário.

— Essa eu nunca vi. Ele (o rio) flui devagarzinho, mas sempre para trás. E também há outra ironia. A estação da Embasa submergiu e a cidade está cheia de água, mas sem água potável.

É a Chesf —Zé Cocá (PP), prefeito de Jequié, pouco adiante de Ipiaú, culpa a Chesf. A vazão da Barragem de Pedras era de 100 metros cúbicos por segundo, passou a 800, chegou a 2400 e fechou o dia em 1800.

Diz ele que há mais de 40 dias pediu um plano de inundação para a Chesf, sem resposta. E também que a vazão da barragem poderia ter aumentado progressivamente, não de vez.

Talvez ele tenha razão. Ainda não há uma cultura para encarar tais situações, mas é bom ir treinando. Afinal, ano passado as enchentes atingiram mais de 90 municípios e este ano também, com o detalhe: de cabo a rabo as águas chegaram antes dos períodos tradicionais.

Mais. A desregulagem climática ocorre em todo o planeta. Temperatura de 49 graus no Canadá, um país frio, tempestade de neve no Natal em Nova Iorque, inundações na Europa. A natureza cobra o desrespeito com ela.

Adolfo e Jerônimo vão ver de perto drama em Jequié e Ipiaú

Se ano passado Rui Costa partiu para cima dos municípios atingidos pelas chuvas, este ano, com a troca de governo no fim da semana, a assistência teve que ser em dose dupla.

Adolfo Menezes (PSD), o governador da Bahia até sábado, e Jerônimo Rodrigues (PT), o que governará a partir de domingo, foram juntos ontem a Jequié e Ipiaú, dois dos 92 municípios baianos atingidos pela crise.

Jerônimo, que nasceu em Aiquara, disse que morou em Jequié, a 46 km da terra dele.

— É claro que vou olhar por todos os atingidos, mas com Jequié eu tenho uma relação de afeto.

Já em Ipiaú, uma das ações imediatas que o governo protagoniza é a entrada em cena de carros pipa. Desde sábado a gritaria na cidade é geral. Pior: a Embasa diz não ter previsão para a normalização.

Em Feira vai tudo bem

Se em alguns pontos da Bahia a situação é dramática por conta das enchentes, em Feira de Santana, a segunda maior cidade e o maior núcleo comercial do interior, vai tudo bem. Ontem, no 1º dia após o Natal, as vendas dão sinais muito positivos, segundo Marco Silva, presidente do Sindicato do Comércio de Feira de Santana.

Ele disse ao site Acorda Cidade que dois fatores influenciaram decisivamente no sucesso, a decoração e o 13º.

Em Manati, risco de poluir o mar se vazar gás é zero

O que aconteceria no mar se houvesse um vazamento de gás? Esse tipo de pergunta circulou no entorno de Manati, na costa de Cairu, depois que em março um helicóptero da Petrobras caiu lá, matando o piloto e ferindo 12 pessoas. A Petrobras foi atrás da resposta realizando uma simulação da emergência em setembro. Conclusão: a possibilidade de dano ambiental é zero.

O gás forma bolhas que se desmancham com qualquer motor de barco, sem problemas. Isso deu muito alívio aos prefeitos de oito municípios (Cairu, Valença, Jaguaripe, Aratuípe, Nazaré, Salinas, Vera Cruz e Itaparica). São os beneficiários dos royalties das redes submarinas, que vão ficar mesmo quando o gás lá acabar, como centro de distribuição.

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