Após o fracasso com Geraldinho, esquerda em Salvador busca rumo
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
Pergunta à deputada Olívia Santana, que já foi vereadora em Salvador pelo PCdoB, candidata a prefeita em 2020 e deputada estadual pela segunda vez: o que a esquerda deve fazer após o retumbante fracasso de Geraldo Jr. (MDB) nas urnas?
– Em primeiro lugar valorizar as lideranças com afinidades de pensamento, nomes com projetos distintos. Estes nomes existem. E não podemos abrir mão de líderes em favor de alguém que não expressa um projeto, uma ideia, com todo respeito ao MDB.
Olívia lembra que em 2016 e 2020 seguiu-se a tese da pulverização, vários candidatos, agora adotou-se um só nome sem afinidades de ideias e deu no que deu, um prejuízo para o conjunto.
O alento –O conjunto perdeu, o PT em particular mais. Tinha quatro vereadores, Arnando Lessa, José Tiago, Maria Mariguella e Marta Rodrigues, reduziu-se a uma, Marta. O PCdoB tinha dois, Augusto Vasconcelos e Hélio Ferreira, ficou do mesmo tamanho, Augusto se reelegeu e Aladilce Souza voltou.
O fato é que, no conjunto a coisa soou mal. E o crédito vai para o grande líder e também estrategista, o senador Jaques Wagner. Dizem que ele é o homem dos acertos gigantescos e dos desacertos idem.
Claro que isso implica em prejuízos para 2026. Foi nesse contexto que a vitória de Luiz Caetano em Camaçari deu grande alento, era um jogo tipo tudo ou nada. Um petista admitiu:
– Não gostaria nem de imaginar um cenário com Caetano perdendo. Seria péssimo.
Colaborou: Marcos Vinicius
Curvelo na CNI? É possível, sim
Circula nos bastidores a informação de que André Curvelo, secretário de Comunicação do Estado desde a época de Rui Costa, estaria deixando o cargo agora no bojo da reforma do secretariado de Jerônimo.
Ao ser abordado, André desconversou. Disse que não tratou disso. Mas é certo que se ele sair, acabaria premiado. Iria para comandar a comunicação da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
E as pesquisas? Acertaram em Camaçari e erraram nos EUA
Se em Camaçari todas as pesquisas apresentavam resultados indicando uma disputa trincada entre Luiz Caetano (PT) e Flávio Mattos (UB) e todas acertaram, já que, para mais ou para menos, ficaram na margem de erro, o que houve nos EUA que todas erraram?
Marqueteiros em geral, os baianos em particular, estão ansiosos pelas explicações. Os institutos previram uma disputa trincada, mas Donald Trump venceu com folga.
Lá se diz que alguns grupos demográficos não foram considerados, como os latinos, onde Trump cresceu 11%. Certo é que cá, os baianos, com os acertos em Camaçari, se dizem cheios de moral.
Um dos donos de instituto de pesquisa brincou:
– Só o jornal The Guardian, que é inglês, e o Atlas Intel, que é brasileiro, acertaram. Pesquisas são feitas há mais de 100 anos, mas se eles quiserem vamos ensiná-los.
Ricardo Rodrigues diz que para ele 2024 foi ano feliz
Se satisfação de político se mede pelos bons resultados nas urnas, o deputado estadual Ricardo Rodrigues esbanja alegria, dizendo que 2024 foi um feliz ano na trajetória dele.
– Eu tinha dois prefeitos, elegemos 17. E em Lapão, além de Márcio Messias (PSB) ter obtido 73,83% dos votos, ainda elegemos 10 dos 11 vereadores.
Ricardo, produtor rural, foi prefeito de Lapão, na região de Irecê, quatro vezes, e aliado do prefeito de Irecê, Elmo Vaz (PSB).
Em novembro de 2020, ainda prefeito, passou mais de uma semana internado em Salvador com a Covid. Em abril de 2021, já ex-prefeito, de novo a Covid. Mas em 2022 se elegeu deputado e agora é só sorrisos.