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Levi Vasconcelos

Por [email protected]

ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 11 de dezembro de 2021 às 6:02 h | Autor:

Carlos Pitta, um arauto do forró esquecido na Cidade da Música

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Carlos Pitta, que ao lado de Adelmário Coelho, Zelito Miranda, Del Feliz e Targino Gondim forma a linha de frente do forró na Bahia, diz que a decisão do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de reconhecer o forró como patrimônio nacional, merece aplausos, apesar da demora.

Pitta lembra que segunda próxima, 13 de dezembro, a data de aniversário de Luiz Gonzaga (falecido em 1989 aos 77 anos), é o Dia Nacional do Forró, instituído pela deputada Luiza Erundina, depois também adotada em Salvador por Silvoney Salles, quando era vereador.

— A grande festa é em Pernambuco, onde tem a Casa Luiz Gonzaga. Mas todos nós nos sentimos homenageados.

Os excluídos — Mas se por aí os forrozeiros estão sempre na crista da onda, na Bahia nem tanto. Pelo menos, a Cidade da Música, inaugurada em Salvador para celebrar a musicalidade baiana, esqueceu Carlos Pitta, 66 anos, autor de mais de 400 músicas, entre elas Cometa Mambembe.

— Entre os esquecidos, estão outros baianos conhecidos e queridos, o que quer dizer, a falha foi da organização.

Além de Pitta, estão entre os alijados o Grupo Bendengó, com Jereba à frente, Lindu, filho de Entre Rios, onde tem até estátua na praça, que ao lado de Coroné e Cobrinha fazia o Trio Nordestino e também Waldick Soriano, que é de Caetité.

— Me pergunto: será que Waldick ficou fora porque disse ‘Eu não sou cachorro não’?

O Extremo Sul, onde a água é sempre farta, quase se afoga

Diz Antenor Santos, 70 anos, há mais de 60 morando em Nova Alegria, povoado de Jucuruçu, que lá, de verão a verão, água nunca foi problema. Sempre houve com fartura, ‘para gente, para os bichos e para as plantas’, mas este ano foi muito mais:

— Nunca se viu tanta água na vida. E todos saíram perdendo, os bichos, as plantas e nós também.

Jucuruçu, com um rio do mesmo nome que integra a Zona Hidrográfica Atlântico Leste, que tem como vedetes os rios Jequitinhonha e Mucuri, é um dos 25 municípios seriamente castigados pelo temporal, com um detalhe: até o prefeito Arivaldo Costa, o Lili (PSDB), que mora numa fazenda, ficou ilhado, sem poder se locomover e nem falar.

Segundo Antenor, a coisa foi tão feia que até a belíssima Barra do Prado, onde o Jucuruçu desemboca, sentiu a força da água:

— O mar ficou da cor de barro. O manguezal também.

Rebaixamento na política

Aliados de ACM Neto dizem que o rebaixamento do Bahia no Campeonato Brasileiro reverberou no jogo político. Guilherme Bellintani, o presidente, sempre foi citado como ‘o vice ideal’ para Neto, no propósito de configurar a estampa do ‘jovem realizador’.

Aliás, desde outras eleições se dizia que Bellintani precisava que o Bahia fizesse gols. Nunca fez o suficiente para empurrá-lo, mas este ano foi pior.

Agora com Simone Tebet o MDB reajusta os passos

E como fica o MDB baiano já que o partido, em nível nacional, lançou a senadora Simone Tebet, do Mato Grosso do Sul, candidata a presidente? Segundo o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, mantendo a coerência:

— Lógico que ela é a nossa candidata. E quando chegar à Bahia, daremos todo o apoio que estiver ao nosso alcance.

Diz Lúcio que no primeiro momento, ainda a pré-campanha, o jogo é abrir espaços na mídia para torná-la conhecida. E na configuração do jogo baiano, esse detalhe, que é importante, já será levado em conta.

— Quando formos conversar com Rui Costa ou ACM Neto, eles já sabem que nossa candidata é ela. Os ajustes começarão a partir de janeiro.

POLÍTICA COM VATAPÁ

Das artes do acaso

Essa quem conta é Adilson Simas, jornalista, arauto maior do folclore político feirense. 1982. A Bahia consternou-se com a morte, num acidente de helicóptero em Acajutiba, de Clériston Andrade, candidato ao governo apoiado por ACM, franco favorito, mas em Feira de Santana, a tristeza perdeu para a imensa euforia que contagiou a cidade quando o novo candidato foi anunciado: João Durval Carneiro, ex-prefeito, deputado federal. filho de lá.

Primeiro comício, praça lotada, o palanque apinhado, no meio Zabumba, figura querida, velho udenista, notória em todas as rodas por imitar com perfeição os políticos locais.

De repente, no meio do comício, ACM visivelmente constrangido sacou um lenço do bolso, tampou o nariz. Chamou Capitão Dermeval, que fazia a segurança dele, ordenou:

— Bote Zabumba pra fora.

Dermeval foi, Zabumba deu testa. Virou-se para ACM, e fez sua defesa:

— Governador, todo mundo aqui tem bumbum e pumpum só sai do meu?

ACM gargalhou. E Zabumba ficou.

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