Com o 2º turno, Camaçari vira o palco do duelo governo x oposição
Confira a coluna de Levi Vasconcelos
Camaçari, a terra do Polo Petroquímico, estreia este ano na disputa eleitoral em dois turnos, condição legal para municípios acima de 200 mil eleitores. E estreia com pompas de grande duelo entre governo e oposição.
Como Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista se definiram no 1º turno, o que ocorre quando um dos candidatos atinge 50% mais um voto, lá o jogo foi quase empate, com Luiz Caetano (PT) recebendo 77.926 votos - 49,52% e Flávio Mattos (UB) 77.367 - 49.17%.
Curioso: lá teve seis candidatos e se dizia que a polarização entre Caetano e Flávio aniquilava a chance do 2º turno. Mas Osvaldinho (MDB) com 1110 votos - 0,71%, Cleilton (Novo) com 695 - 0,44%, Cleilton Santos (PCD) com 149 - 0,09% e Lazinho (PMB) com 106 - 0,07% totalizaram 2060 votos, o equivalente a 1,31%, mostraram o inverso.
Lula e ACM Neto —Como o UB de ACM Neto venceu em Salvador, Feira e Conquista, restou para o governo apostar todas as suas fichas lá e Jerônimo já avisou: não quer apenas vídeos de Lula declarando apoio a Caetano, quer Lula lá, em pessoa.
ACM Neto pela banda dele puxou Bruno Reis de Salvador e Débora Régis de Lauro de Freitas para botar pilha em favor de Flávio Mattos.
Claro que o território baiano, quase do tamanho da França, pela vastidão, tem em Camaçari uma parcela minúscula, mas pelos holofotes que a disputa lá gera e pelo fato do PT, o partido de Lula e Jerônimo, não ter nenhum prefeito entre os grandes, a briga lá ganhou a cara do conjunto.
Colaborou: Marcos Vinicius
Eis que Penalva pode deixar a Alba e fazer a alegria em Araci
Nos bastidores do entornode Bruno Reis (UB), o prefeito reeleito de Salvador, se diz que o deputado estadual Emerson Penalva, o único do PDT na Assembleia, pode abrir espaço para uma cara nova na Alba.
Ou seja, fala-se que ele pode tornar-se secretário de Bruno, de quem é muito amigo, tese defendida também pelo diretório estadual do partido, presidido pelo deputado federal Félix Mendonça Júnior.
Se Penalva se afastar, quem assume é Silva Neto, ex-prefeito de Araci, antecessor e aliado da atual prefeita, Keinha, que domingo se reelegeu com folga.
Silva Neto é muito ligado a Félix Júnior, que já avisou: se isso acontecer, vai ‘seguir a orientação do partido’.
A questão é saber se Penalva vai topar. Afinal, em 2025 já se dá a largada para 2026 e ele está no jogo.
Deputados na ressaca eleitoral
A sessão na Assembleia ontem bateu o recorde em matéria de curta duração: 30 segundos. O presidente da Casa, o deputado Adolfo Menezes (PSD) estava presente, mas foi o único presente.
— Após a eleição, acredito que os deputados ainda estão retornando das suas bases.
E declarou a sessão encerrada por falta de quórum. Mas a expectativa é de que a partir da próxima semana tudo volta ao normal.
Juazeiro mais triste com a partida de D. Lea Khoury
Juazeiro ficou de luto ontem. Morreu D. Lea Khoury Hedaqye, que completaria 102 anos (4 de novembro), nascida em Alexandreta, na Síria, mas morando em terras do norte baiano desde 1948, quando chegou com o marido Shefik Hedaye aqui teve três filhos, Jorge, John e Marie.
Jorge, o filho mais velho, é Jorge Khoury, prefeito de Juazeiro entre 1983 e 1988, hoje superintendente do Sebrae na Bahia, que ficou inconsolável.
— Pense numa mãezona. Quando fui prefeito eu ainda era solteiro e ela tomou conta da parte social. Fez 12 creches, quando Juazeiro não tinha nenhuma.
O deputado Zó (PCdoB) se solidarizou.
— Ela deixou um bom exemplo, uma boa família e milhares de amigos.