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Levi Vasconcelos

Por Levi Vasconcelos

ACERVO DA COLUNA
Publicado quinta-feira, 01 de fevereiro de 2024 às 5:40 h | Autor:

Cometa Mambembe, o caso da música roubada, em novo capítulo

Confira a coluna de Levi Vasconcelos desta quinta-feira, 1

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Pitta: ‘Vou para a universidade cursar A paciência de Jó’
Pitta: ‘Vou para a universidade cursar A paciência de Jó’ -

Robinson Faria, seis vezes deputado estadual no Rio Grande do Norte, vice-governador, governador de 2015 a 2018 e também pai de Fábio Faria, ministro das Comunicações de Bolsonaro, está fazendo história na cultura, mas como vilão.

Em 2014 ele elegeu-se governador usando um jingle com a música Cometa Mambembe, dos baianos Carlos Pitta e Edmundo Carozo. Claro que o caso foi parar na justiça através do advogado Rodrigo Moraes, especialista em direito autoral. E é aí que a história ganha uma cara única.

Faria perdeu, recorreu e na sentença definitiva, perdeu. E o diferencial: até hoje ele usa o jingle e as multas impostas pela justiça, antes R$ 2 mil por dia, agora R$ 4 mil, já passam dos R$ 9 milhões. Faria tirou os bens do nome, mas já tem seis carros penhorados.

Inversão —Pior, ele achou de dizer que Pitta e Carozo queriam enriquecer às custas dele. No início desta semana, por conta disso, perdeu mais uma ação, por danos morais.

Fala Carlos Pitta:

— Essa é porreta. Ele pega nossa música sem autorização e a desonestidade é nossa.

A briga judicial é velha, vem desde 2014, Pitta diz que vai procurar uma universidade que tenha o curso ‘A paciência de Jó’. Mas acredita que logo haverá um desfecho. No contexto, duas observações extras:

1 — Cometa Mambembe, feita em 1983, é uma das raras músicas que fazem sucesso no São João e no Carnaval.

2 — Em 2018 Faria tentou a reeleição como governador e acabou num humilhante terceiro lugar. Nem foi ao 2º turno.

Com ‘Renascer’, Ilhéus espera uma boa turbinada turística

Ilhéus, o palco principal das histórias de Jorge Amado sobre o cacau que tanto injuriam boa parte do pessoal do agro lá, começou 2024 vislumbrando ares de um tempo novo com a novela Renascer, da Globo.

A esperança: a badalação gerada em torno de Ilhéus e do cacau vai dar uma boa contribuição para alavancar a já forte indústria turística local, segundo Juvenal Maynart, ex-superintendente geral da Ceplac.

— Só houve um pequeno errinho. Na abertura colocaram a vassoura de bruxa na época dos coronéis. Mas no conjunto da obra, a novela caiu muito bem.

Segundo Juvenal, um dos pontos positivos é a valorização do modelo cabruca, aquele em que o cacau é plantado embaixo de árvores nativas, o que robustece as questões ambientais também do ponto de vista turístico.

Animais mais que gente

Hildécio Meirelles (UB), prefeito de Cairu, o único município arquipélago da Bahia, se diz impressionado com um fato: em 29 de dezembro o advogado Mário André Cabral e a bióloga Laryssa Garantini morreram num acidente de lancha na Ilha de Boipeba. Em 3 de janeiro ele suspendeu os passeios de charretes nas ilhas após denúncias de maus tratos aos animais:

— O caso das charretes repercurtiu mais que o acidente. Até Xuxa se manifestou.

Alba reabre hoje em paz. O furdunço fica para 2025

A Assembleia faz hoje (16h30) solenemente a reabertura dos seus trabalhos, após passar janeiro em recesso. Jerônimo vai estar lá, para prestigiar o amigo e aliado Adolfo Menezes (PSD), o presidente da Casa, mas o furdunço mesmo fica para o ano que vem, quando haverá a eleição para a presidência.

No pós-Carnaval, duas pautas vão agitar a Alba. Uma é a escolha do sucessor de Fernando Vita no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Outra é a apreciação do Projeto de Emenda Constitucional que reinstitui a reeleição na Casa, o que dará, se passar, ao atual presidente, Adolfo, o direito de disputar a permanência no comando.

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